Oito meses após ter solicitado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que fosse re-avaliada sua inclusão no Novo Mercado da Bolsa de Valores de São Paulo, e cinco meses após ter anunciado a fusão com a Braxis, a CPM divulgou nesta terça-feira (14/8) fato relevante para informar que decidiu apresentar requerimento de cancelamento de seu registro de companhia aberta, com pedido de reconhecimento da ?inaplicabilidade da exigência de realização de oferta pública de ações?. O primeiro pedido de suspensão, antes de assumir a razão social CPM Braxis, havia sido feito em setembro do ano passado.
No comunicado encaminhado à CVM, a companhia diz permanecer com a intenção de ?acessar o mercado de capitais no futuro?, mas ressalva que está analisando a melhor oportunidade em termos de momento e estratégia para o lançamento das suas ações. E finaliza dizendo que ?permanecerá com o seu capital fechado, o que reduzirá seus custos operacionais, e prosseguirá com a sua estratégia de crescimento acelerado.?
Em junho passado, a empresa havia encaminhado à CVM fato relevante para informar que, em prosseguimento ao processo de integração de seus negócios com a Braxis Tecnologia da Informação, exerceria a opção de compra sobre as ações de emissão da Unitech Tecnologia da Informação, que lhe havia sido outorgada pela Braxis e a GR6 Participações. O preço pago pelas ações seria de R$ 34.610.263,15.
No comunicado oficial à CVM, as empresas informaram que a CPM absorveria a operação da Braxis, cujos acionistas, em troca, passariam a controlar aproximadamente 33% do capital votante da CPM, que pertenciam até então ao Bradesco, dono de 49% de participação, e a um fundo de investimento administrado pelo Deutsch Bank, com 51%. Até hoje não houve um comunicado oficial de conclusão do negócio nem tampouco sobre a nova composição acionária da CPM Braxis.
