Pesquisa: consumidores rejeitam empresas que não protegem seus dados

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Novas descobertas de uma pesquisa global da Veritas Technologies revelam que os consumidores têm pouca confiança nas organizações para proteger seus dados pessoais. Com cada vez mais empresas sofrendo violações de dados e hackers aparentemente um passo à frente, quase duas em cada cinco (38%) pessoas acreditam que a maioria das organizações não sabe como proteger suas informações pessoais. Ao mesmo tempo, o estudo Veritas Global Data Privacy Consumer também mostra que os consumidores pretendem tomar medidas drásticas ao penalizar as empresas que não protegem seus dados, e recompensar as que o fazem.

Muitas companhias no mundo todo confiam nos dados para direcionar efetivamente bens e serviços que proporcionam experiências melhores aos consumidores. Porém, com a criação de regulamentos rigorosos de conformidade que dão às pessoas mais poder sobre seus dados – como o Regulamento Geral de Proteção de Dados da União Europeia (GDPR) e a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), muitos consumidores estão examinando as empresas e responsabilizando-as pela proteção de seus dados pessoais.

O "Novo Normal"'

O estudo, encomendado pela Veritas e conduzido pela 3GEM, entrevistou 12.500 pessoas em 14 países. Ele indica que os consumidores pretendem recompensar organizações que protegem adequadamente seus dados pessoais e punir aquelas que não o fazem, comprando em outro lugar ou atacando a reputação da marca.

Se analisarmos apenas os consumidores brasileiros, os números surpreendem ainda mais: quase 69% deixariam de comprar de uma empresa que não protege seus dados, e aqueles que abandonariam sua lealdade a uma determinada marca e considerariam buscar um concorrente chegam a 59,8%.

Oito em cada dez (81%) pesquisados dizem que vão pedir para que seus amigos e familiares boicotem a organização, enquanto quase três quartos (74%) afirmam que chegariam ao ponto de denunciar o negócio aos órgãos reguladores. Além disso, quase 65% dos consumidores postariam comentários negativos sobre a companhia online.

No entanto, a pesquisa mostra que eles também pretendem recompensar as empresas que estão protegendo adequadamente seus dados. Quase 60% dizem que gastariam mais dinheiro com organizações nas quais confiam para cuidar de suas informações. Entre os brasileiros, esse número chega a 73%. Destes, mais de um quarto (27%) estão dispostos a gastar até 25% mais com empresas que levam a sério a proteção de dados.

"A confiança nas empresas foi abalada por violações e casos de high-profile em que as organizações demonstraram uma falta de compreensão de como os dados de consumo que detêm são usados ou compartilhados", afirma Gustavo Leite, country manager da Veritas Brasil. "À medida que os consumidores exigem mais transparência e responsabilidade das empresas, o 'novo normal' será eles recompensarem as organizações que têm boas práticas de segurança de dados e punir aquelas que não têm. As empresas devem ser vistas como guardiãs confiáveis de dados se quiserem colher as recompensas associadas à construção da confiança do consumidor."

Preocupações crescentes em torno da coleta de dados pessoais

Conforme cresce o interesse em como os dados pessoais são usados e compartilhados, a pesquisa mostra que os consumidores não consentiriam compartilhar as seguintes informações pessoais:

Detalhes sobre finanças pessoais, incluindo renda e hipoteca (60%)

Localização (40%)

Hábitos online (40%)

Detalhes sobre saúde/registros médicos (38%)

Orientação sexual (28%)

Preferências religiosas (26%)

Além disso, os consumidores estão se tornando mais cautelosos sobre como seus dados são compartilhados com empresas e terceiros. Nove em cada dez (92%) estão preocupados com a proteção de seus dados pessoais, sendo que 40% dos entrevistados afirmaram que não têm visibilidade sobre como as empresas estão usando ou compartilhando seus dados. E vinte e um por cento deles estão muito preocupados que seus dados pessoais sejam roubados.

"À luz dos recentes acontecimentos e mudanças na lei, os consumidores precisam de muito mais segurança quando se trata do que as empresas possuem de dados pessoais sobre elas, e como isso é compartilhado e usado", diz Gustavo Leite. "Isso pode ter implicações significativas para organizações que dependem da coleta de dados para fornecer serviços inteligentes e direcionados, como aplicativos baseados em localização. As companhias mais bem-sucedidas serão aquelas capazes de demonstrar que estão gerenciando e protegendo dados pessoais de maneira compatível", explica.

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