Cibersegurança: um pilar essencial para os negócios na era da IA

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A segurança cibernética é, atualmente, um dos principais temas para qualquer empresa que busca proteção e crescimento em um mercado cada vez mais online.  Ao longo da minha carreira, tenho visto que, à medida que a transformação digital acelera, as companhias enfrentam uma onda crescente de ameaças cibernéticas que podem causar perdas de milhares de milhões de dólares e danos significativos à reputação. Recentemente, moderei um webinário na Casa Oracle justamente sobre o tema que trouxe insights bem interessantes para o público sobre como combater esse modelo de crime do século 21. 

Um estudo realizado pela empresa de pesquisa Cybersecurity Ventures sugere que os custos do cybercrime irão ultrapassar 10 trilhões de dólares por ano até 2025. Esse dado não é apenas uma previsão assustadora, mas, sim, algo que observo na prática ao analisar os ataques cada vez mais sofisticados. Hoje, a inteligência artificial (IA) não é usada apenas para inovação e eficiência empresarial, mas também como uma ferramenta poderosa nas mãos de cibercriminosos. A IA pode automatizar ataques cibernéticos ao explorar vulnerabilidades com rapidez. Para responder de forma eficaz, as empresas precisam, cada vez mais, adotar tecnologias que aceleram a detecção e a correção de ameaças, como a hiperautomação, que integra processos e ferramentas, aumentando a capacidade de resposta e mitigação de riscos.

Há alguns anos atrás, quando alguém falava sobre crime, o temor que sentíamos era se a porta estava trancada. Mas hoje esse medo mudou e ganhou outros espaços – que não estão com a devida fechadura. 

O Brasil é um dos países de maior incidência desses tipos de gargalos, estando no top 3 países com maior número de ataques e na natureza dos ataques cibernéticos. Essa posição preocupante, do meu ponto de vista, reflete uma cultura ainda imatura em relação à segurança digital. Uma pesquisa recente da Check Point Research mostrou que no segundo trimestre deste ano, o Brasil registrou um aumento de 67% dos ciberataques. Estes números evidenciam um crescimento exponencial diante do índice de 7% registrado no segundo trimestre de 2023, destacando a necessidade de aumentarmos os investimentos em segurança cibernética, tanto no Brasil quanto no resto do mundo.

Dadas essas condições, é muito importante que a segurança cibernética seja uma prática de governança do negócio. O primeiro passo é estabelecer uma política securitária clara e abrangente, seguida de formação regular dos funcionários para aumentar a consciencialização e preparar-se para potenciais ameaças. A tecnologia deve assumir para si o papel de atuar como parceira e simplificar esses processos por meio de soluções automatizadas que minimizem o risco de erro humano. 

Quando olhamos para as empresas brasileiras, muitas ainda estão no início de uma jornada para criar uma cultura de cibersegurança. Porém, tenho visto casos promissores de companhias que integram a segurança desde a etapa de P&D. 

Espera-se que o mercado de segurança cibernética na América Latina cresça mais de 40% nos próximos cinco anos, segundo uma pesquisa da Mordor Intelligence. Isso não apenas reflete a urgência do tema, mas também as oportunidades de investimento estratégico que surgem. Além disso, com a crescente adoção de soluções de segurança em nuvem, as empresas podem ampliar sua proteção com maior eficiência e menor custo.

Em um mundo cada vez mais conectado, a segurança digital deixou de ser uma questão meramente técnica para se tornar uma questão de liderança. Executivos precisam tratar a cibersegurança como prioridade estratégica, garantindo que seus negócios não estejam apenas preparados para o futuro, mas também para as ameaças que enfrentamos hoje. Isso é algo que sempre faço questão de destacar em minhas interações com CEOs e líderes de TI: proteger o negócio é garantir a continuidade, a reputação e a competitividade no mercado.

Tiago Amor, VP de Vendas da Lecom Tecnologia.

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