A tecnologia e o acesso às redes como conhecemos hoje, pode ser uma realidade já instalada nos grandes centros urbanos e algumas localidades, um pouco mais afastadas. Entretanto, de acordo com um estudo realizado pela consultoria PwC, 33 milhões de brasileiros sequer têm acesso à internet, um dado relevante, diante de todos os benefícios que as plataformas conectadas podem trazer ao dia a dia das pessoas – inclusão, facilidades e acesso a um infinito número de informações. Quando observado pelo âmbito da educação, trata-se de uma prerrogativa urgente, afinal de contas, crianças e jovens inseridos desde a fase escolar nesse ecossistema, estarão muito mais preparados para o futuro do trabalho que os aguarda.
E foi com esse propósito que a Gentrop – especialista em transformação digital e líder no quadrante de provedores Google no Brasil -, aceitou o desafio de implementar, capacitar e dar todo o suporte para que o processo acontecesse de maneira efetiva na primeira escola digital da Paraíba. Localizada na cidade de Campina Grande, a Escola Municipal Manoel Francisco da Mota conta com o apoio do Instituto Alpargatas, responsável por desenvolver uma série de iniciativas em quase 400 escolas públicas espalhadas pelo Brasil.
"A relação da Gentrop com a Alpargatas já vem de bastante tempo, onde entramos, em um primeiro momento, na parte de transformação digital dos escritórios da empresa. À medida que essa relação foi se estreitando, começamos a nos relacionar também com o Instituto Alpargatas. Primeiramente, estávamos voltados a estruturar os processos da instituição, como o Prêmio de Educação Aluno e Educador Nota 10, a gestão desses alunos e professores. A partir daí, juntos, fomos desafiados a transformar essa escola digital, em Campina Grande", conta Alline Antóquio diretora executiva e especialista em Google da Gentrop.
De acordo com Berivaldo Araújo, diretor do Instituto Alpargatas, a iniciativa atua diretamente em escolas públicas que são vulneráveis e de difícil acesso, em zonas rurais com muitas dificuldades, inclusive de equipamentos de informática e do próprio processo de digitalização. "Tínhamos alunos e professores que sequer conheciam um notebook. Alunos que nem imaginavam a possibilidade de poder trabalhar com essa ferramenta e, muito menos, tê-la à disposição na escola. Não tinham acesso a nenhum aparelho digital ou celular. A escola digital nasce, então, para que pudéssemos levar uma educação de muito mais qualidade em um genuíno processo de inclusão digital."
O Digital School em etapas
Implementado em um período de seis meses pela Gentrop, o projeto trouxe como centro de propósito a criação de um ecossistema de inovação com ferramentas Google, o Google Workspace – que entre diversas soluções apresenta o Classroom, um ambiente digital que concentra as atividades que serão direcionadas dos professores aos alunos.
Além da implementação, a Gentrop fez a inserção e capacitação tecnológica dos professores, a fim de que estivessem aptos para explorar ao máximo essas ferramentas e pudessem, também, transmitir todo o novo conhecimento aos alunos que receberiam os chromebooks – dispositivos utilizados em sala de aula para as atividades digitais. Assim como estes materiais, a escola também recebeu uma estação de recarga para os dispositivos, que auxilia no manejo entre as aulas e salas da escola.
"Ser a primeira escola digital de Campina Grande traz muito orgulho para nós. Essa modernização, essa renovação é algo que não tem volta, seguiremos sempre em frente. Às vezes nem me sinto em uma escola pública, principalmente quando vejo o carrinho com os chromebooks entrando em sala de aula, os alunos utilizando os materiais, os professores planejando as atividades que serão desenvolvidas. O ponto alto dessa transformação foi justamente para as crianças, com a liberdade de poder romper as barreiras do ambiente escolar, do modelo estereotipado de ensinar e aprender. Sem dúvida, é um marco histórico, estou muito feliz", declara Maria Joselma de Souza, psicóloga e gestora da Escola Municipal Manoel Francisco da Mota.
"Pautada no processo de inclusão, a tecnologia permite que a gente se conecte de qualquer lugar. Ela traz essa premissa, independente da classe social, da possibilidade da gente se locomover para viver uma experiência diferente. Sem dúvida, além de transformarmos a educação, estamos criando os profissionais do futuro. É uma oportunidade para essas crianças se sentirem acolhidas ao saber o que encontrarão lá na frente. É uma forma de transformar a educação já associada ao desenvolvimento dessas crianças e adolescentes por uma inclusão no modo de trabalho quando eles chegarem nessa etapa. É uma união que faz muita força ao desafiar, digitalizar e integrar esses professores também", conclui Alline Antóquio.