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Fim da desoneração da folha de pagamento já causa repasse para preços dos serviços de TI

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Os efeitos do fim da redução da desoneração fiscal da folha de pagamento na área de serviços de TI já começam a trazer reflexos negativos no mercado. A grupo  Stefanini, um dos maiores fornecedores de serviços e outsourcing de TI, está renegociando o repasse do aumento para seus clientes, segundo informou seu fundador e CEO, Marco Stefanini, durante coletiva a imprensa realizada nesta segunda-feira, 14, em São Paulo. Ele acrescentou que as margens no setorde serviços são reduzidas, portanto diz que não há como evitar o repasse.

O executivo acrescentou que, aliada à elevada e complexa carga tributária e ao baixo crescimento econômico, as perspectivas de expansão para os próximos dois anos são baixas. Neste ano, a empresa passou por uma forte transformação, investindo em inovação e, por isso, fez algumas aquisições e associações com empresas do setor para complementar o portfólio e ampliar o leque de atuação em indústria, telecomunicações, tesouraria e varejo.

Stefanini enxerga na internacionalização uma das possibilidades para alcançar as metas de crescimento, uma vez que quase metade do faturamento do grupo hoje é proveniente de suas operações internacionais, em países com moedas fortes, apesar de que, muitas delas, como no Brasil, se desvalorizaram em relação ao dólar. “Mas, como esses recursos são do exterior, podemos usá-los para adquirir empresas nos respectivos países, pois geralmente a geração de caixa da própria empresa adquirida serve para pagar a operação. Mas serão aquisições pequenas e pontuais como, por exemplo, uma que deverá acontecer na Colômbia no próximo semestre.”

A presença internacional, segundo Stefanini, se traduz em um diferencial importante para a companhia, que neste ano abriu um escritório em Ontário, no Canadá, e outro em Cingapura. “Em Singapura, com o PIB per capita considerado um dos mais elevados do mundo, o grupo abriu um escritório juntamente com um centro de pesquisa e desenvolvimento que, no longo prazo, será um hub para toda a Ásia, aproveitando os recursos de mão de obra mais baratos da Malásia e Filipinas”, acrescentou.

“Cingapura se tornou um expoente em tecnologia e tem investido fortemente no desenvolvimento de analytics. Nosso centro de P&D no país atuará em parceria com a Datastorm, empresa pertencente ao grupo Stefanini especializada em big data e analytics, e com institutos de pesquisa locais, como a Agência para Ciência, Tecnologia e Pesquisa (A*STAR) e com a Singapore Management University (SMU). Nossa ideia é combinar a expertise da Datastorm e dos institutos de pesquisa de Cingapura para aprimorar as ofertas de analytics”, explica.

Stefanini vislumbra também para 2016 o aumento da participação da Orbitall no mercado de contact center, utilizando como exemplo o seu site de Campina Grande, na Paraíba, onde os índices de absenteísmo são extremamente baixos, além de contar com profissionais qualificados, em sua maioria bilíngues e trilíngues.

Com todas essas iniciativas, a empresa espera finalizar o ano com um crescimento global de aproximadamente 11%, o que representa um faturamento de R$ 2,6 bilhões, contra R$ 2,35 bilhões em 2014. A Europa foi a região que mais contribuiu para o crescimento da Stefanini com cerca de 20%.

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