Há três anos, um evento digno de ficção científica tornou-se realidade. Um computador venceu dois humanos em um jogo de perguntas e respostas, usando inteligência artificial. A maior parte dos amantes da tecnologia já leram a respeito do feito do Watson, o supercomputador da IBM, mas caso você ainda não tenha conhecimento a respeito, assista a este vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=lI-M7O_bRNg.
A vitória desse supercomputador foi algo extremamente inovador. Diferentemente das vitórias executadas por outros grandes supercomputadores de épocas passadas, que ganharam jogos em que dependiam somente do conhecimento do outro jogador e eram baseados em jogadas pré-definidas, o Watson, nesse caso, precisava realizar pesquisas e análise em tempo real.
Para sair vitorioso, o supercomputador precisou aplicar todos os conceitos de big data – velocidade, volume, variedade e veracidade – e utiliza-los com muita habilidade. Além disso, contou com a pitada singular da tomada de decisão, ou seja, a chamada computação cognitiva.
Para viabilizar suas respostas em tempo real (e mais ágeis que seus oponentes), após consultar uma imensidão de informações na web (enormes volumes de dados) e classificá-los e compará-los a partir de diversas fontes de informações em diversos formatos, ainda deveria categorizá-los de modo que fossem fiéis e indicassem a resposta correta. Todo este contexto foi possível utilizando tecnologias analíticas e de big data, conceitos como "context analytics", predictive analisys", "prescritive analisys", entre outras, foram utilizadas.
E agora, qual é o próximo passo?
Seria "agregar cada vez mais dados, que serão transformados em informações e que trarão conhecimento sobre todos os assuntos e qualquer pergunta deverá ser respondida por este supercomputador"? Talvez, mas isso ainda esbarra em outra questão: como "educar" a inteligência obtida por este modelo computacional para utilizar seu aprendizado somente para resultados considerados "aceitáveis"?
Digo isso devido a um fato muito curioso que aconteceu com o Watson recentemente. Em meio a uma série de catálogos e dados que foram "ensinados" ao supercomputador, seus gestores o colocaram para aprender informações para se comunicar de maneira menos formal. O resultado, entretanto, não foi exatamente o esperado. O Watson acabou aprendendo palavrões e xingando seus próprios criadores!
Para corrigir tal situação, a solução encontrada pelos cientistas da IBM foi apagar o dicionário de dados casual. Assim, a pergunta que fica é: será que conseguiremos a façanha de reproduzir o cérebro humano?
Até pouco tempo, poucos cientistas acreditavam que se pudesse empreender seriamente o estudo da mente humana, e o assunto constituía, em grande medida, uma área reservada aos filósofos. Nos últimos anos, porém, várias linhas de investigação – que partiram da filosofia (especialmente da filosofia da mente, da filosofia da matemática e da filosofia da ciência), da psicologia (especialmente através da psicologia cognitiva), da neurociência, da linguística, da ciência da computação e da inteligência artificial (em particular do ramo de redes neurais) – convergiram, dando origem a este novo campo altamente interdisciplinar. (Fonte: Wikipédia)
O objetivo da computação cognitiva é fazer com que um computador se comporte, "pense" e interaja da mesma forma que os seres humanos fazem. Em cinco anos, as máquinas irão emular as sensações humanas, cada uma de forma muito especial.
No vídeo a seguir seguem cinco inovações tecnológicas que podem mudar a forma como vivemos nos nós próximos cinco anos. http://www.youtube.com/watch?v=X2l1-9yMhzM ou http://www-03.ibm.com/press/us/en/pressrelease/42674.wss
Será que a previsão desse futuro deve nos causar alegria e satisfação ou medo?
Cesar Carvalho, especialista para Soluções Analíticas e Big Data da PromonLogicalis