Números crescentes de IoT e outros dispositivos conectados. Vídeo over-the-top (OTT) em TVs de locais fixos, bem como laptops e telefones. Backhaul sem fio em redes fixas. Ótica digital ampliando alcance e capacidade. O ano de 2018 inaugurou redes multiprotocolo, multiplataforma e multigigabit em um ritmo sem precedentes. E para os próximos 12 meses não há previsão de desaceleração. Este ano houve um enorme progresso em três áreas críticas:
Crescimento exponencial de banda larga: o aumento no número de assinantes de banda larga e a proliferação de dispositivos conectados resultaram em uma demanda de rede sem precedentes. Além disso, o número de dispositivos conectados por residência (em alguns casos, entre 20 e 30 em média) está superando rapidamente o número de dispositivos conectados por usuário, de acordo com o 2018 Connectivity & Entertainment Index (CEI). E não são apenas residências: os provedores de serviços viram um forte crescimento nos clientes comerciais este ano.
Desconectar-se virou mainstream: os guerreiros móveis deram lugar às massas móveis. E são igualmente exigentes: 89% das pessoas no mundo todo esperam conectividade constante, de acordo com o CEI. Desde o uso de pacotes de dados de celulares como hot spot de backup, quando a rede wi-fi, falha a acessar plataformas de streaming em nossas TVs fixas em vez de apenas em laptops e telefones. Os slogans de marketing "qualquer dispositivo a qualquer hora em qualquer lugar" se tornaram realidade. Em resposta, a ótica digital está ampliando o alcance e a capacidade das redes.
A migração de serviços gerenciados de empresas para residências: liderados por plataformas de serviços como Netflix e The Weather Channel, os serviços customizados, que antes eram exclusivos para redes corporativas, agora estão disponíveis para redes domésticas e dispositivos móveis. Da segurança residencial de alta qualidade aos primeiros adeptos da Internet das Coisas (IoT), as expectativas de nível empresarial chegaram à tecnologia residencial.
Preste atenção nas tendências abaixo, no próximo ano, à medida que as redes tornem possível um futuro mais flexível, e o atual mercado de US $ 8 bilhões se expanda para atender à crescente demanda:
Verdadeira integração entre as tecnologias de rede corporativa e residencial: redes multigigabit para uso residencial e empresarial estão chegando em paralelo, e tecnologias como a 802.11ax prometem ser as primeiras a mudar o roteiro da migração de tecnologia, começando nos lares para depois chegar às empresas. O provisionamento integrado sem fio e flexível promete seguir o mesmo caminho. Além disso, a capacidade absoluta aumentará. Já foram lançados serviços de 2 gigabits nos EUA e redes com capacidade ainda maior internacionalmente.
O aumento da verdadeira automação de rede, com mais inteligência e mais flexibilidade: os níveis de velocidade gigabit são caros. Pensando nisso, várias novas tecnologias tentarão reduzir os custos absolutos e operacionais e, ao mesmo tempo, aumentar a flexibilidade dos sistemas. Redes virtualizadas serão programadas para máxima personalização. Por sua vez, o big data fornecerá insights e análises para equilibrar as cargas de rede. Novas arquiteturas de acesso à rede buscarão aumentar a confiabilidade e a eficácia nas operações. Em alguns casos, surgirão arquiteturas de rede complexas que fornecerão o nível de escolha e controle para atender à demanda dos usuários mais exigentes.
Terceirização de gerenciamento de tecnologia de rede em uma escala muito maior: O gerenciamento desses custos e complexidades ultrapassará rapidamente os conjuntos de habilidades dos proprietários de empresas de pequeno e médio porte. À medida que a fibra ótica se expanda, as tarefas de gerenciamento de rede serão transferidas para os provedores de serviços. As redes definidas por software que oferecem acesso distribuído e licenciamento de banda larga e terminais vão se proliferar conforme tecnologias exigentes como PON, backhaul 5G, Metro Ethernet e uma lista de funções virtuais aparecerem em redes residenciais e corporativas.
Em suma, 2018 foi promissor em termos de desenvolvimento tecnológico na área de tecnologias. Certamente, muitas ferramentas que surgirão agora vão ter impacto no mercado de smart homes num futuro bem próximo. A tendência é que o próximo ano siga esse mesmo caminho conforme tecnologias como IoT, 5G e smart homes se popularizem e aumentem a demanda por redes estáveis, tanto corporativas quanto residenciais e móveis.
Dan Whalen, presidente da área de Nuvens e Redes da Arris International.