A AT&T planeja separar a maioria de suas operações latino-americanas de seu negócio principal em uma oferta pública de ações. A empresa apresentou ontem,14, uma série de documentos para oferecer uma participação minoritária na DirecTV Latin America ainda no primeiro semestre deste ano. Com a iniciativa, a operadora norte-americana, que é dona da Sky no Brasil, espera aumentar em bilhões de dólares seu caixa prioritário.
A empresa passou meses buscando sem sucesso um comprador para o seu negócio de operações de televisão por satélite na América Latina, de acordo com uma fonte familiarizada com o processo do Wall Street Journal. Os executivos estimaram que o negócio, que não inclui as operações mexicanas de telefonia móvel e televisão por satélite da AT&T, poderia atingir cerca de US$ 10 bilhões em uma oferta pública inicial, disse a fonte.
A unidade possui milhões de assinantes de televisão na América do Sul e Caribe, herdada quando a AT&T comprou a DirecTV em 2015, o que inclui uma participação de 93% na Sky Brasil. No total, são 13,6 milhões de conexões que geraram mais de US$ 5 bilhões de receita no ano passado.
Apesar do México ser uma prioridade a longo prazo da AT&T, não se pode dizer o mesmo dos demais mercados latinos. O Brasil, maior mercado da empresa na TV por assinatura, tem sofrido com o enfraquecimento da moeda devido à crise político-econômica, o que desanimou a estratégia de expansão local da operadora.
Em uma nota da consultoria BTIG do ano passado, foi dito que a AT&T tinha mais otimismo em relação ao Brasil à época da aquisição da DirecTV, mas o mercado mexicano se tornou mais atrativo devido à estabilidade.
O crescimento nos outros mercados latinos da DirecTV tem sido transitório nos últimos anos, embora o negócio tenha começado a crescer novamente no quarto trimestre. O setor de televisão tradicional diminuiu mais rapidamente nos Estados Unidos.