O Brasil ativou em todo o ano passado 27,5 milhões de novos chips 4G, alcançando um total de 130 milhões de celulares de quarta geração em operação no País. Isso significa que a cada segundo um novo celular 4G foi ativado no País em 2018.
De janeiro a dezembro, segundo balanço da Associação Brasileira de Telecomunicações (Telebrasil), 606 novos municípios receberam as redes 4G, somando 4.429 municípios conectados, onde moram 95,4% da população brasileira.
A cobertura de quarta geração também apresentou evolução significativa em 2018, com crescimento de 27% frente a 2017. Essa cobertura é quatro vezes superior à última obrigação estabelecida nos leilões das licenças de serviços móveis, de 1.079 municípios.
A cobertura de 3G também se ampliou, alcançando 5.385 municípios, onde moram 99,5% da população brasileira. Em 2018, 254 novos municípios receberam as redes de 3G, ultrapassando em muito a obrigação atual de cobertura, que é de 3.917 municípios.
No total, o Brasil já conta com 204 milhões de acessos à internet pela rede móvel. Considerados os acessos fixos e móveis, o Brasil fechou 2018 com um total de 235,4 milhões de acessos no País. Destes, 31 milhões são em banda larga fixa, segmento que cresceu 7,6% em 12 meses, com 2,2 milhões de novos acessos.
Essa disponibilidade, de quase 100%, mostra que os serviços de celular e internet móvel no Brasil são para todos. Além disso, os preços do Brasil estão entre os mais baratos do mundo, em quarto lugar na internet móvel pré-paga, segundo levantamento da Consultoria Teleco, atrás apenas da Indonésia, China e Índia. Esses preços poderiam ser ainda menores se o País não tivesse a maior carga tributária do mundo, conforme atestou a União Internacional de Telecomunicações (UIT).
No estudo Desafios da Nação 2, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) lembra que esse avanço da internet móvel se deu no Brasil "sem aportes de recursos públicos e nem transferência de recursos de setores da economia".
O documento diz ainda que nas telecomunicações, "a prioridade absoluta" é reduzir as cargas regulatória e tributária. "Essa atividade gera riqueza suficiente para autofinanciar sua universalização, com a qualidade desejada pelos consumidores, com sobra de valor adicionado para dotar de recursos orçamentários a União, os estados e os municípios, desde que o volume apropriado com tributos, somado àquele despendido no cumprimento de obrigações questionáveis, seja reduzido do patamar atual".
As telecomunicações e as Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), especialmente o acesso à internet, melhoram a produtividade e a competitividade e são essenciais para o desenvolvimento sustentável do País. Para isso, precisam ser consideradas como prioridade nacional.