Ainda no segundo semestre deste ano, a fabricante brasileira Itautec deve lançar o seu tablet PC no mercado. A informação foi dada nesta terça-feira, 15, pelo presidente e CEO da companhia, Mário Anseloni, ao ressaltar que a definição do sistema operacional que irá equipar o aparelho é o aspecto principal que ainda está sendo avaliado. "Nós já temos um protótipo, mas estamos fazendo uma análise mais profunda na parte do sistema operacional", adiantou.
O executivo explica que esse processo visa o desenvolvimento de um equipamento que apresente ele chama de proposta de valor. "Estamos olhando segmentos de mercado para os quais possamos levar algo além de um produto, como as áreas de educação, entretenimento e também o mercado corporativo", diz Anseloni, acrescentando que a ideia é oferecer um conteúdo diferenciado aos usuários dos tablets. "Na área de educação, podemos criar um dispositivo com proposta de valor completo."
O tablet, na realidade, faz parte da estratégia da expansão do portfólio da empresa, que saltou de três produtos no último trimestre do ano passado para 11 equipamentos nestes primeiros três meses do ano. O vice-presidente da unidade de Computação da Itautec, José Roberto Campos, avalia que os tablets representarão uma pequena parcela da receita da companhia, mas contribuirão para reforçar a marca entre os consumidores. Ele salienta que a prioridade é expandir a presença da empresa nos segmentos de notebooks e de desktops, com ampliação das ofertas no varejo e no segmento de pequenas e médias empresas.
Anseloni ratifica que a unidade de computação, que no ano passado respondeu por 45% da receita da Itautec, será um dos focos de atenção neste ano, até porque foi uma das principais responsáveis pela queda de 77,5% no lucro da companhia em 2010. "Tivemos muita dificuldade para competir na linha de computação pessoal, principalmente em razão do portfólio restrito de produtos." Ele revela que as vendas de desktops e notebooks no ano passado ficaram bem abaixo das expectativas, quando foram comercializados 449 mil equipamentos.
Para conseguir maior competitividade no mercado e retomar a lucratividade da unidade de computação, a empresa está negociando acordos com fabricantes asiáticos de componentes. "Com isso, esperamos retomar a lucratividade na linha de computadores aos níveis de 2009", diz Anseloni. A meta, segundo ele, é alcançar um crescimento sustentável no mercado de computação por meio de uma estratégia de atuação segmentada, com foco no mercado das pequenas e médias empresas, nos consumidroes da classe C e nas áreas de educação e entretenimento.
- Consumo
