A Febraban discute nesta quarta-feira, 17/4, o Projeto de Lei (PL) 146/07, atualmente em tramitação no Senado Federal, que reconhece processos de digitalização de imagens e truncagem como cópias fidedignas e legalmente válidas de documentos em papel como os cheques bancários.
?Finalmente, depois de 40 anos da lei que reconheceu o microfilme, teremos novas formas de tecnologia com amparo legal?, explica Carlos Augusto Oliveira, executivo do Banco Itaú e responsável pelo seminário Digitalização de Documentos que tem o patrocínio da IBM, Itautec, Perto, EMC e HP.
O projeto de lei reúne outros documentos que tramitaram na Câmara, já atravessou comissões temáticas, e se encontra no CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) como última etapa para sua votação. Segundo Oliveira, com o novo projeto os bancos poderão abandonar o processo químico-fotográfico e seus aparatos de refrigeração exigidos. ?Esse sistema é caro não só às instituições financeiras, mas também à sociedade como um todo, em função de seu potencial de poluição ambiental?.
Além disso, outros benefícios se farão sentir pela aceitação de processos digitais, tais como: redução de áreas destinadas aos arquivos físicos e do tempo no trabalho de gerenciamento e recuperação das informações; rapidez na atualização dos dados armazenados e possibilidade de compartilhamento e acesso às informações a um número maior de interessados.
Mas as principais vantagens são mesmo as ligadas ao meio-ambiente: redução do uso de papel, e toda a logística de transporte, que envolve desde caminhões até aviões. ?É muito improdutivo para um país do tamanho do Brasil trocar documentos fisicamente?, conclui Oliveira.