Brasil dobrará base instalada de PCs nos próximos quatro anos

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A base instalada de PCs no Brasil deve dobrar nos próximos quatro anos, saltando dos atuais 72 milhões para aproximadamente 140 milhões de computadores em 2014, segundo dados da 21ª pesquisa de Administração de Recursos de Informática realizada pelo Centro de Tecnologia de Informação Aplicada da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (EAESP/FGV).
O coordenador do estudo e professor da FGV, Fernando Meirelles, explica que isso significa que o país venderá nos próximos quatro anos o mesmo número de PCs comercializados nos últimos 30 anos.
Somente neste ano, a base instalada de PCs no Brasil deve superar os 77 milhões de unidades, número que atingirá 100 milhões em 2012. Ao fim de 2009, o país contabilizava uma base de 64 milhões de computadores, penetração de um PC para cada três habitantes. Neste ano, esse número crescerá 2/5, sendo que em 2012 atingirá um computador para cada dois habitantes, chegando em 2014 com dois PCs para cada três habitantes.
No ano passado, foram vendidos 12,2 milhões de PCs no país, mesmo patamar de 2008. Esta é a primeira vez em 21 anos que a comercialização de computadores não avança no país, segundo o estudo.
Gastos com TI
O relatório da FVG revelou também que no ano passado os gastos das empresas com TI representaram, em média, 6,4% de seus faturamentos, ante 6% de 2008. Entretanto, as despesas em número absolutos não apresentaram crescimento, já que houve redução do PIB do Brasil e, consequentemente, do faturamento das empresas.
"A tendência para os próximos anos é de que estes gastos continuem subindo", salienta Meirelles. Outro dado apresentado por ele foi o custo anual que as empresas têm por PC instalado, índice batizado de Custo Anual Por Teclado (CAPT), que foi de R$ 21,6 mil no ano passado. Meirelles diz que a tendência é que a cifra também continue subindo e atinja cerca de R$ 25 mil nos próximos anos.
Disputa no software
Já no segmento de software, 2009 foi marcado pela perda de participação de mercado da Totvs e da Oracle em sistemas de gestão empresarial (ERPs), em oposição à expansão do market share da SAP. A representatividade da Totvs recuou para 38%, contra 39% de 2008, enquanto que a da Oracle teve queda de um ponto percentual, para 17%. Já a representatividade da SAP no mercado brasileiro aumentou de 23%, em 2008, para 25% no ano passado. "A SAP conseguiu entrar em um segmento de empresas que representam um degrau abaixo do que ela comumente atuava. Esse fato influenciou no resultado das vendas", explicou Meirelles.

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