Apesar do clima frio, que manteve muitos americanos longe de shoppings e das lojas no último trimestre, isso não os impediu de fazer compras em seus laptops e smartphones. As vendas dos sites de comércio eletrônico cresceram 3,5% nos primeiros três meses deste ano em relação ao trimestre anterior, atingindo um recorde de US$ 80 bilhões, de acordo com dados dessazonalizados divulgados pelo Departamento de Comércio nesta sexta-feira, 15.
Em contrapartida, as vendas totais no varejo retraíram 1,5%, a primeira queda trimestral em quase três anos. Em uma base de comparação ano sobre ano, as compras online aumentaram 14,5%, ante um crescimento de apenas 1,6% nas vendas totais — que incluem vendas em lojas físicas.
Não é surpresa para ninguém que as vendas online tenham superado as vendas totais, que resistiram melhor no período da crise do subprime (o estouro da bolha imobiliária), em 2008 e 2009. Desde o início da recuperação, as vendas trimestrais do e-commerce têm aumentado 3,7%, em média, contra 1,1% das vendas totais. Ao longo dos anos, a participação do e-commerce no total das vendas aumentou de 0,6% em 1999 para 7% neste ano.
"As empresas que tem a maior parcela de suas vendas online são as lojas de vestuário", disse Poonam Goyal, analista da Bloomberg Intelligence. "As vendas online são muitas vezes mais do que 15% das vendas totais, de modo que o potencial não é enorme."
A Lululemon Atheltica, Express e Abercrombie estão entre os varejistas de vestuário cujas vendas de e-commerce respondem por pelo menos 19% da receita total.