A Totvs anuncia Rodrigo Kede, ex-CEO da IBM Brasil, como novo diretor-presidente da empresa. O movimento faz parte do plano de sucessão da companhia, que prevê um período de transição de até três anos, durante o qual, Laércio Cosentino, ocupará o cargo de CEO.
Como CEO, Cosentino focará na definição e acompanhamento da estratégia de tecnologia, produto e distribuição e ampliará sua presença junto a clientes. Como diretor-presidente, Kede se reportará ao CEO e responderá pela condução da estratégia de crescimento, operação, gestão de pessoas e liderará as vice-presidências da companhia. Kede renuncia ao cargo de membro do Conselho de Administração nesta data e passará a participar das reuniões de conselho como membro convidado.
Uma vez concluída a transição, Kede acumulará os cargos de diretor-presidente e CEO, e Cosentino, que seguirá como membro do Conselho de Administração e presidente do Comitê de Estratégia e Tecnologia, se candidatará a reassumir a presidência do Conselho.
Kede atuou como CEO da IBM Brasil de 2012 a 2014. Anteriormente, foi vice-presidente da divisão de Serviços de Tecnologia, entre 2011 a 2012, diretor administrativo e financeiro para a América Latina (CFO Latam), entre 2009 a 2011, e também diretor administrativo e financeiro para o Brasil (CFO Brasil), de 2006 a 2009.
Cosentino fundou a Totvs em 1983 (Microsiga à época). "Hoje é um dia especial, pois comunicamos o início do processo de sucessão do comando da empresa, que é muito natural, sobretudo se levarmos em consideração o quanto inovamos e mudamos a empresa desde a sua fundação. Sucessão é um importante elemento para a continuidade da história de sucesso e a vinda do Kede inicia um novo capítulo dessa fantástica história chamada Totvs", enfatiza Cosentino.
Foco na nuvem
Ao mesmo tempo em que anunciou a mudança no comando da empresa, a Totvs apresentou sua nova plataforma para gestão na nuvem e na forma de comercialização, que a partir de agora deixa de ser precificada por licença de uso e reajuste por novos releases.
Dos atuais 26 mil clientes da empresa, 10% já optaram por utilizar o ERP na nuvem, mas, segundo Consentino, a decisão permanece com o cliente. No entanto, ele incentiva todos a migram para a versão Totvs V12, que será a última disponibilizada ao mercado, pois daí para frente as atualizações serão constantes.
Eles poderão contratar a plataforma cloud rondando na nuvem da Amazon Web Services no Brasil, com quem a Totvs fechou recentemente uma parceria, ou com outros provedores com quem está negociando, como Azure da Microsoft. Com isso, o modelo de contratação passa a ser elástico, escalável e pago apenas pelo que for usado, sem qualquer necessidade de gerenciar infraestrutura.
A flexibilidade é outro fator importante, pois permite ao cliente configurar os horários ou dia de maior pico da utilização, podendo aumentar ou reduzir a utilização da solução, e variando o número de usuários de acordo com sua necessidade. Dessa forma, o cliente poderá ter previsibilidade e controlar seu orçamento mais assertivamente.
Nova solução
Tendo como base a plataforma aberta e colaborativa Fluig, que se integra como uma camada do software de ERP, a empresa também está anunciando o Totvs Intera, (nome inspirado no termo interação) que combina ambos os produtos em uma nova forma de comercialização por assinatura.
As soluções passam a ser monetizadas pelo número de IDs dos usuários. "O cliente assina o Totvs Intera e ele mesmo define e gerencia quantos IDs estarão habilitados ao uso das soluções. Aliás, usuário é um termo restritivo que está sendo abandonado por nós, preferirmos chamar de ID, neste caso, para nos referimos à identidade de quem utiliza o Intera", afirma Flávio Balestrin, vice-presidente de marketing, novos modelos de negócios e aliançaa da Totvs.
Dentro dessa proposta, a empresa definiu três pacotes básicos de contratação. O primeiro, batizado de Completão incluiu, por R$ 350 mensais, o ERP V12 full e o Fluig; no modelo Intera Conectado, por R$ 110 mensais, o acesso ao Totvs V12 só é possível exclusivamente pelo Fluig; o ID Intera Dedicado, por R$ 35 mensais, é voltado apenas para uso de portais segmentados acessados também pelo Fluig, como por exemplo, o portal do aluno, do funcionário, do paciente, etc.
Dessa forma, a definição da mensalidade fica simplificada, onde o número de ''IDs'' determina diretamente o valor da mensalidade, que varia conforme o cliente defina para mais ou menos o número deles.
Elas incluem todas as evoluções tecnológicas, sistêmicas e legais das soluções, além do suporte técnico e todo o conteúdo de educação a distância de forma ilimitada.