O principal objetivo de testar uma aplicação é encontrar erros o mais cedo possível, devolve-los a equipe de desenvolvimento para resolve-los e garantir que os mesmos foram corrigidos. A atividade de teste de um sistema é um elemento crítico para a garantia da qualidade e para a homologação e a implantação de soluções no ambiente produtivo.
Como dissemos em outro artigo, a maior parte dos defeitos de software é gerada na fase de especificação. No entanto, a maioria das vezes só é detectada quando o sistema já se encontra em produção.
Quanto mais tarde se descobre erros de construção, a tendência é de um aumento exponencial no custo para se fazer as alterações necessárias para atender o cliente, acarretando riscos significativos ao negócio.
A maneira encontrada de reduzir consideravelmente a quantidade de erros em sistemas no ambiente de produção e consequentemente os altos custos com as correções e prejuízos com o negócio é a implantação de um ambiente de homologação.
O ambiente de homologação é um ambiente onde o cliente deverá testar as funcionalidades do sistema que serão posteriormente colocadas em produção ou em casos de problemas serão refeitos, caso não ocorra à aprovação por parte deste cliente.
Diferente dos testes realizados em ambientes similares ao do desenvolvimento onde identificam-se erros estruturais, de performance, carga, stress e segurança, o ambiente de homologação tem características similares ao de produção, ou seja, as interfaces com outros sistemas, conexões externas e principalmente e fundamentalmente os profissionais que realizarão os testes são oriundos da área de negócio.
Lembrando que este ambiente não é o servidor de testes para os desenvolvedores. O servidor a ser utilizado como ambiente de homologação, deverá possuir configuração similar ao utilizado como ambiente de produção, inclusive, com atualização constante dos registros existentes em produção, para que o cliente possa simular situações muito próximas das que encontrará no seu dia a dia.
As empresas ainda estão muito distantes em entender a importância nas questões de manter servidores específicos para serem utilizados como ambiente homologação. Alguns fatores que contribuem para isso são: a necessidade de aquisição de mais equipamentos, a manutenção e atualização constante deste ambiente, o aumento no número de máquinas a serem inseridas na sua estrutura tecnológica, o prazo curto para o desenvolvimento do sistema e o consequente aumento do time funcional.
Mesmo com tudo isso, por maior que seja o investimento na criação de um ambiente de homologação, um sistema terá um custo de manutenção muito menor se tiver suas falhas detectadas nas fases de desenvolvimento, teste e homologação.
Alberto Parada, co-fundador do Descomplicado Carreiras (Sistema de orientação de carreira), Colunista e Palestrante especializado em carreiras, atua há mais de 25 anos como executivo no mercado de tecnologia em empresas como: Sênior, IBM, Capgemini, Fidelity, Banespa, e mais de 12 anos como Professor Universitário no Lassu-USP FAAP e FIAP. Formação em administração de empresas e análise de sistemas, com especialização em gerenciamento de projetos e mestrando em Gestão de Negócios pela FIA, voluntário no HEFC hospital de retaguarda para portadores de Câncer.