A evolução da tecnologia e o aumento da interconectividade dos dispositivos têm resultado em uma maior exposição a ataques cibernéticos. Segundo o Relatório Global de Impacto Cibernético 2015 da consultoria e corretora de seguros Aon, as empresas do ramo farmacêutico, saúde, TI e organizações financeiras são os principais alvos dos criminosos porque armazenam dados confidenciais, mas de forma geral todas as empresas que utilizam algum tipo de tecnologia estão sujeitas à invasões.
Para proteger esses dados, as seguradoras desenvolveram um novo produto, que promete ser uma tendência para os próximos anos: o seguro cibernético. Esse modelo é uma forma de assegurar a empresa, no sentido mais direto do termo, não apenas uma solução adicional de segurança.
Este tipo de apólice compensa possíveis perdas financeiras no caso de uma invasão, ressarcindo financeiramente a empresa que tiver perdas monetárias ou pagando indenizações a terceiros que se sentirem lesados, no caso de vazamento de dados.
No Brasil, o seguro cibernético ainda é recente, foi regulamentado há apenas nove anos pela Susep (Superintendência de Seguros Privados). Em outros países a prática já é comum, como nos Estados Unidos, onde 20% das empresas já apresentam esse tipo de proteção.
Segundo a companhia de pesquisas Micro Market Monitor, o mercado latino deve crescer em torno de 17,6% por ano até 2020 e o Brasil responderá por mais da metade dos investimentos das organizações no continente nos próximos cinco anos. É preciso mudar essa cultura no Brasil e conscientizar sobre a importância da prevenção contra os crimes cibernéticos.
Os riscos cibernéticos precisam ser mais bem explorados pelas seguradoras, já que é um mercado em ascensão e levando em consideração que seu Core Business é justamente proteger seus clientes. No caso de um ataque, ter uma apólice de seguro cibernético é a principal solução para minimizar perdas.
Fabiana Hernandez, analista de Inteligência de Mercado da WDEV.