Consumidores preferem tecnologia verde, mas ainda confundem o conceito

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A maioria dos consumidores se sente culpada pela contaminação do meio ambiente provocado pelo uso de dispositivos tecnológicos em casa e no escritório, de acordo com uma pesquisa encomendada à Ipsos pela Lexmark International. Segundo o levantamento, 64% dos entrevistados acreditam erroneamente que a eliminação de cartuchos de impressora é a principal causa da poluição, mas menos de metade (46%) acredita que, na realidade, o papel é o maior poluente do meio ambiente. Este, diz a Ipsos, é o ponto que exige mais entendimento e informação, a fim de reforçar os hábitos de consumo e contribuir para maior sustentabilidade.
O estudo revela que a maioria dos usuários de impressoras não é capaz de identificar os hábitos que mais poluem em termos de impressão e que as mulheres mostram maior preocupação do que os homens sobre o impacto de seu comportamento no meio ambiente, além de reconhecerem os perigos da prática errada de impressão. Além disso, as mulheres também têm maior grau de culpa sobre suas práticas verdes do que os homens, além de serem mais propensas a comprar produtos de fabricantes que reciclam.
Embora três quartos dos consumidores se sintam culpados pelos seus hábitos de impressão, muitos consideram que os fabricantes poderiam fornecer mais auxílio e informação. Além disso, apesar de apenas 39 dos 100 entrevistados acreditarem que as empresas de tecnologia são responsáveis pela reciclagem, os resultados sugerem que uma atitude ambientalmente responsável pelos fabricantes exerce uma forte influência nas decisões de compra dos consumidores – 84% dos entrevistados disseram que estariam mais propensos a comprar uma marca que se preocupa com a reciclagem.
O Brasil foi o país em que os usuários relataram se sentirem mais responsáveis por descartar um dispositivo em vez de consertá-lo, com 84%, enquanto 77% dos usuários do México se sentiram culpados com esta prática. Além disso, 47% dos mexicanos e 42% dos usuários entrevistados no Brasil acham que os fabricantes devem demonstrar uma atitude mais responsável para a reciclagem, enquanto 95% dos brasileiros e 86% dos mexicanos disseram estar dispostos a comprar produtos tecnológicos de fabricantes que se preocupam com a reciclagem.
Tanto os consumidores do México quanto do Brasil classificaram como a principal ameaça para o ambiente a eliminação dos cartuchos (67% e 59% respectivamente), seguido pelo consumo de papel (53% e 58% respectivamente). No México, 91% dos usuários disseram que se sentiam culpados quando imprimem páginas desnecessárias, enquanto no Brasil o percentual foi de 87%.
Do mesmo modo que os brasileiros e mexicanos, os europeus (69%) estão preocupados com os efeitos negativos da utilização de papel para o ambiente, mas se sentem menos culpados que os americanos (78%) com os custos e os desperdícios de equipamentos. No entanto, os usuários europeus confiam menos em programas de reciclagem dos fabricantes, em contraste com os Estados Unidos e o restante do mundo. Apenas 37% dos entrevistados na Europa acreditam que os fabricantes fazem o suficiente em termos de reciclagem, em comparação com quase metade (46%) dos americanos e a média global de 39%.
O estudo constatou ainda que dois terços dos entrevistados estão confusos quanto ao gasto com papéis. A grande maioria (64%) acredita erroneamente que a tinta e toner são as principais ameaças para o ambiente em termos de impressão. Menos de metade dos usuários (46%) pensam que ao gasto com o papel representa o maior poluente do meio ambiente. Entretanto, a Análise do Ciclo de Vida Lexmark concluiu que a maior contaminação do meio ambiente gerado por uma impressora é obtido a partir de gastos com o papel (47%), comparado com 10% da poluição que é atribuível ao consumo de energia e 11% com cartuchos de tinta. Da mesma forma, a maioria das emissões de CO2 tem lugar durante o uso do computador: 68% para multifuncionais com tecnologia a jato de tinta.
O estudo foi realizado entre 12 de março e 6 de abril deste ano e ouviu 10.507 pessoas com idade acima de 15 anos em 21 países. Houve, pelo menos, 500 entrevistas por país, incluindo amostras nacionais representativas para o objetivo do estudo e realizado na Áustria, Canadá, Dinamarca, EUA, França, Austrália, Alemanha, Brasil, Itália, China, Holanda, México, Noruega, Rússia, Polônia, África do Sul, Romênia, Turquia, Espanha, Emirados Árabes Unidos (EAU) e Reino Unido.

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