O mercado mundial de outsourcing de TI movimentará US$ 268,1 bilhões neste ano, o que representará uma queda de 4,3%, segundo dados do Gartner. Segundo a consultoria, em 2013 esse segmento deve atingir US$ 324,9 bilhões, um aumento de 21,18% na comparação com este ano.
Apenas na América Latina, a indústria de outsourcing de TI deve movimentar US$ 8,4 bilhões em receita neste ano, o que, se confirmado, significará um crescimento de 6% na comparação com 2008, considerando apenas as moedas do Brasil, Argentina e México e não levando em conta a desvalorização do dólar frente a estas modeas locais. Este número, entretanto, tende a saltar para US$ 13,9 bilhões em 2013, registrando um crescimento médio composto anual (CAGR, na sigla em inglês) de 8,2%.
Segundo Cassio Dreyfuss, vice-presidente de pesquisa do Gartner no Brasil, apesar de apresentar avanço menos acelerado neste ano em relação a 2008, o mercado brasileiro de outsourcing de TI, considerando apenas os valores em moeda nacional, terá crescimento de 10% a 12%, ficando acima da média da América Latina. "Para 2010, acreditamos que esse acréscimo será maior ainda."
O analista ressalta que a crise financeira fez com que as empresas retrocedessem na utilização do outsourcing. "Os CIOs deram três passos para trás em relação ao uso de outsourcing", afirma Dreyfuss.
Ele observa que as empresas devem olhar para o outsourcing não apenas como uma forma de reduzir custos, mas também como uma ferramenta auxiliar dos negócios. "As empresas têm de ver o outsourcing do ponto de vista estratégico", salienta. Dreyfuss alerta que a falta de planejamento, métricas, processos adequados e governança pode levar a problemas sérios na adoção do outsourcing pelas empresas.
Em relação ao cenário mundial de outsourcing, o Brasil continua em busca de um melhor posicionamento e do aumento da competitividade. De acordo com Ian Marriott, vice-presidente de pesquisas do Gartmer, o país certamente surge como uma das principais alternativas à Índia em outsourcing offshore. Para ele, o país é melhor que a Índia em três aspectos para esse tipo de oferta: infraestrutura, compatibilidade cultural e ambiente político.
Segundo Dreyfuss, após os escândalos com a indiana Satyam Computer Services, as empresas não se sentem mais confortáveis para concentrar a terceirização de suas operações em apenas um país. "Elas estão buscando alternativas para ampliar os locais para contratação de outsourcing, e o Brasil é uma dessas principais alternativas", conclui.
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