Impactada pelas vendas fracas de PCs, Intel fecha segundo trimestre com queda no lucro e receita

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Ainda bastante atrás de rivais no negócio de fabricação de chips para smartphones e tablets, a Intel ainda não encontrou também uma maneira de lidar com a desaceleração do mercado de computadores pessoais, que tem impactado fortemente a demanda por chips.

A prova disso está estampada na última linha do balanço do segundo trimestre da companhia, divulgado nesta quarta-feira, 15, o qual apresentou uma queda de 3,2% no lucro e de 5% na receita na comparação com igual período do ano passado. A receita recuou de US$ 13,8 bilhões para US$ 13,2 bilhões, enquanto o lucro retrocedeu para US$ 2,7 bilhões contra US$ 2,8 bilhões um ano antes.

Além da desaceleração nas vendas de chips para PCs, a queda no lucro e receita é atribuído pela empresa a uma atualização planejada do seu novo microprocessador, de codinome Skylake, que deve ser lançado neste trimestre. Outro fator apontado pela Intel é a espera pelo sistema operacional Windows 10, da Microsoft, que também tem afetado a demanda de hardware. Normalmente, os clientes adiar as compras à espera das evoluções. "Esperando uma grande atividade em torno do Skylake e do Windows 10", disse Stacy Smith, diretor financeiro da Intel.

Apesar dos resultados mais fracos, a Intel apresentou margem de lucro melhor do que o esperado pelos analistas, a qual cresceu de 60,5%, um ano antes, para 62,5% no trimestre. De todo modo, as ações da companhia continuam sob pressão, embora tenham registrado alta de 1,72% no after-hours trading, negociação após o fechamento da Nasdaq, negociadas a US$ 30,20.

Mesmo fazendo uma previsão otimista para o segundo semestre com os lançamentos do Skylake, do Windows 10 e de novos sistemas OEM, o CEO da Intel, Brian Krzanich, estima um atraso de seis meses ou mais na entrega do seu avanço de próxima geração de circuitos de chip miniaturizados — a redução no tamanho dos transistores e outros componentes em chips tende a trazer mais desempenho ou capacidade de armazenamento de dados a um custo de produção mais baixo. Mas o processo está ficando mais difícil. A última atualização da Intel atingiu as metas de produção cerca de seis meses depois do previsto.

Durante uma teleconferência com analistas, Krzanich previu que eram esperados chips com características físicas medindo 10 nanômetros, que só devem se tornar disponíveis no segundo semestre de 2017. "As duas últimas transições de tecnologia têm sinalizado que a nossa cadência hoje está mais próxima de dois anos a dois anos e meio", disse ele.

Para o terceiro trimestre, o CEO projeta receita de US$ 14,3 bilhões e margem bruta de 63%.

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