O que aconteceria se uma informação confidencial fosse parar nas mãos do principal concorrente da empresa ou, ainda, nas de cibercriminosos? Evidentemente o problema se agrava em função da criticidade do dado vazado. Mas, seja qual for o caso, devemos ter em conta que somos humanos, e como tal, cometemos erros.
A pesquisa "Tendências Internacionais em Segurança Cibernética", da CompTIA, mostra que os erros humanos são os que mais causam riscos à segurança cibernética: 58% dos casos, contra 42% daqueles ocasionados por tecnologia – no Brasil e no mundo. O estudo apresenta também outro dado bastante preocupante: nove em cada dez organizações brasileiras foram vítimas de pelo menos uma violação de segurança da informação no ano passado, sendo que a maioria delas foi classificada como grave.
Como há maior quantidade de informação dispersa na nuvem, os departamentos de segurança da informação ficam cada vez mais no foco das atenções dos dirigentes das companhias. Como resultado, segundo dados do Gartner, os gastos globais com tecnologias de proteção chegarão a U$ 100,3 bilhões até 2019.
Apesar dessa realidade, faltam profissionais qualificados para preencher as vagas disponíveis na indústria de segurança cibernética, de acordo, desta vez, com dados de uma pesquisa da Intel Security e do Center for Strategic and International Studies (CSIS). O estudo aponta ainda que 209 mil empregos da área não foram preenchidos em 2015, considerando apenas os Estados Unidos.
Isso mostra um campo aberto e cheio de oportunidades para os profissionais. Ao mesmo tempo, um alerta para um cuidado especial na formação. A pesquisa da CompTIA revela que 93% dos gestores brasileiros indicam que as certificações para profissionais de TI são "valiosas ou muito valiosas" na validação dos conhecimentos e habilidades relacionadas à segurança cibernética.
O que posso constatar com todos esses dados é que desafios e oportunidades não faltam!
*Leonard Wadewitz é diretor da CompTIA para a América Latina e Caribe.