Se depender da Algar Telecom, suas redes de quarta geração (4G) de telefonia móvel usarão as mesmas faixas de frequências detidas pela operadora para serviços de 2G e 3G, ou seja, 850 MHz e 1800 MHz. "Gostaria de usar o que já tenho. Já fiz investimento por esse espectro no passado", disse o diretor-presidente da companhia, Divino Sebastião de Sousa. Ele revelou que a operadora vem realizando testes de campo com o padrão LTE (Long Term Evolution) nessas faixas. Todavia, uma lançamento comercial não acontecerá tão cedo: o executivo não identifica pelos próximos dois anos demanda por essa tecnologia em sua área de atuação, composta por 87 municípios, a maioria de porte médio, como Uberlândia/MG, onde está sua sede.
HSPA+ e BSS
Ao mesmo tempo, a Algar Telecom prossegue os testes com HSPA+, tecnologia de rede que oferece velocidades de até 21 Mbps, se posicionando portanto entre a 3G e a 4G. Uma das possibilidades estudadas pela companhia é usar o HSPA+ nas cidades para as quais comprou licenças da banda H. Em algumas delas a Algar será a quinta entrante e o HSPA+ pode servir como um diferencial. A Algar Telecom adquiriu licenças na banda H para operar em 230 localidades dos DDDs 34, 35 e 37, todas de Minas Gerais.
O fornecedor da rede 3G da Algar Telecom é a Huawei. A maioria das antenas instaladas já está preparada para o upgrade para HSPA+ e, posteriormente, para LTE. A Huawei será também a fornecedora de uma nova plataforma de billing convergente da Algar Telecom. A migração acontecerá ao longo dos próximos três anos.
Uma entrevista exclusiva com Divino Sebastião de Sousa será publicada na edição de outubro da revista Teletime, abordando temas como a evolução de suas redes fixa e móvel, planos de expansão e sua avaliação sobre as principais questões regulatórias em discussão no momento.