Cinquenta dias antes do começo da Conferência das Nações Unidas sobre a Mudança Climática (COP 26), que acontecerá no Reino Unido em novembro, a Epson anuncia os resultados de seu Barômetro de Realidade Climática. A investigação mostra uma diferença potencialmente danosa entre a realidade e a compreensão das pessoas sobre seus efeitos catastróficos. A pesquisa coletou experiências e percepções globais de 15.264 consumidores da Ásia, da Europa, da América do Norte e da América do Sul sobre as mudanças no clima.
Programado para ajudar no enquadramento das discussões da COP 26, o objetivo do Barômetro de Realidade Climática da Epson é trazer maior consciência pública quanto aos impactos das mudanças climáticas, influenciar nas decisões comerciais transformadoras e levar conhecimento aos formadores de políticas.
Déficit da realidade: otimismo vs. evidência
Quando consultados sobre suas opiniões a respeito da habilidade humana para evitar uma crise climática durante sua vida, cerca de metade dos entrevistados (46%) afirmam que são "muito" ou "um pouco" otimistas. Isso supera de forma expressiva a faixa de 27% daqueles que dizem serem muito ou um pouco pessimistas.
As razões mais citadas que apoiam tal otimismo são a crescente consciência pública sobre a mudança climática (32%), a habilidade da ciência e da tecnologia para fornecer soluções (28%) e a tendência para o uso de energias renováveis (19%). Globalmente, 5% dos entrevistados não acreditam que haja emergência de modo nenhum, sendo que a lista dos negacionistas climáticos é liderada pelos EUA (11%), pela Alemanha (7%) e pelo Reino Unido (6%).
À medida que o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) informa que algumas mudanças provocadas pelos seres humanos levarão milênios para serem revertidasi, e dada a ocorrência de uma série de eventos globais – incluindo o julho mais quenteii registrado até agora, os incêndios florestaisiii na Europa, na América do Norte e na Ásia, bem como as enchentesiv na China, na Colômbia e na Alemanha, os achados do Barômetro de Realidade Climática da Epson sugerem o triunfo do otimismo sobre a evidência e o déficit danoso da realidade climática.
Segundo Henning Ohlsson, diretor de Sustentabilidade da Epson Europa, "À medida que há o desdobramento da emergência climática na nossa frente, é mesmo preocupante que tantas pessoas não consigam reconhecer ou ainda neguem abertamente sua existência. Esse é um alerta para todos nós, governos, empresas e indivíduos, trabalharmos juntos de forma que a COP 26 tome as decisões e inspire as ações necessárias a fim de mitigar a mudança climática".
Revisão da realidade: compreensão vs. ação
O Barômetro sugere que o otimismo pode ser o resultado de uma incapacidade para reconhecer as mudanças climáticas e, portanto, sua escala. Cerca de três quartos dos entrevistados veem a conexão entre a mudança climática e as temperaturas globais crescentes (77%), o clima extremo (74%) e os incêndios florestais (73%). A consciência cai para apenas mais da metade no caso de eventos tais como as grandes fomes (57%), as migrações humanas massivas (55%) e os surtos de insetos (51%). Existe uma variação regional expressiva, sendo a compreensão da fome mais alta em Taiwan (72%) e mais baixa, nos EUA (44%).
Muitos acreditam que a responsabilidade para lidar com a emergência seja do Estado e dos players da indústria. Mais de um em cada quatro dos entrevistados (27%) identifica os governos, e 18% as empresas, como "os mais responsáveis". Cerca de 18% reconhecem a responsabilidade pessoal e, nessa faixa, a Indonésia registra os níveis mais altos (30%), e a China e a Alemanha, os mais baixos (ambos 11%). É motivador que a maior quantidade individual de entrevistados identifique a responsabilidade como coletiva (31%).
Ainda que as pessoas desejem mudar seu estilo de vida para lidar com a crise, algumas são lentas para agir. O Barômetro mostra que 78% concordam em (já fazem ou estão planejando) mudar para a energia renovável, mas apenas 29% já o fizeram. 82% concordam em migrar para produtos mais sustentáveis, porém somente 45% já migraram. E 58% concordam em adotar uma dieta baseada em plantas, mas somente 27% tornaram-se veganos. Inclusive ao se olhar para escolhas relativamente simples, tais como o boicote de marcas não sustentáveis, 63% dos entrevistados concordam, no entanto só 29% já mudaram seus hábitos de compra.
Realidade das empresas: está na hora de agir
O Barômetro de Realidade Climática sugere que, na opinião de muitos, a crise climática continua sendo uma coisa que acontece ao outro. Como a pesquisa revela que apenas 14% dos entrevistados reconhecem as grandes empresas como as principais responsáveis por lidar com a emergência climática, e apenas 3%, as companhias pequenas (menos do que 5% dos negacionistas das mudanças climáticas), ela também sugere que está na hora de as empresas de todos os portes assumirem um papel maior.
As empresas podem empoderar outras companhias e consumidores por meio de inovações que apoiem a sustentabilidade. Na Epson, isso gerou o desenvolvimento, por exemplo, de iniciativas para reduzir o impacto do consumidor diante da utilização da tecnologia PrecisionCore Heat-Free (sem aquecimento) com alta eficiência energética; além de P&D sobre tecnologias ambientais tais como materiais de origem natural (não plásticos).
Para além da inovação de produtos e materiais, as empresas podem fazer uma grande diferença ao promover e evidenciar a responsabilidade climática. A Epson leva isso adiante por meio da transição para a energia 100% renovável e do compromisso com iniciativas como o projeto RE100 de energia renovável; do trabalho para promover a economia circular, por exemplo, com a restauração e a renovação de produtos; e da participação em parcerias de alto impacto, como a união com a National Geographic para impulsionar a proteção do permafrostv por meio da campanha "Tunr Down the Heat".
Yasunori Ogawa, presidente global da Epson, comentou: "A descoberta do déficit da realidade climática mostra que a consciência, junto com a ação, será crucial para lidar com a emergência. O objetivo da Epson é trazer essa consciência, bem como as tecnologias requeridas por parte da nossa companhia, de outras empresas e dos consumidores para ativar a mudança transformadora. A sustentabilidade é central para nosso plano de negócios e tem o respaldo de recursos significativos, pois, ao passo que nós sabemos que há um longo caminho pela frente, acreditamos que podemos construir um futuro melhor."