Produtividade, custos e operação são principais desafios das empresas no Brasil

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Quase metade (46%) dos executivos que atuam no Brasil considera que melhorias operacionais, produtividade e custos representam os principais desafios internos a serem enfrentados por suas empresas nos próximos três anos. Essa porcentagem é superior à média registrada na América Latina, que foi de 35%. O estudo Desafios e Tendências para as Empresas na América Latina 2023, produzido pela EY, entrevistou 996 executivos, como diretores e C-Suite, de empresas de diversos setores e provenientes de 18 países da região, como Argentina, Colômbia, Chile, Uruguai e México, além do Brasil, entre os dias 20 de fevereiro e 6 de abril. A segunda resposta mais escolhida pela amostra brasileira – 121 executivos no total – foi crescimento de participação de mercado com 36%, enquanto, na média da América Latina, 37% fizeram essa opção.

A terceira posição ficou com tecnologia e transformação digital com 33% das respostas, seguida de inovação com 32% e de estratégia e transformação do negócio com 31%. Percepção semelhante referente à transformação digital foi obtida pelo estudo Global Bank Risk Survey 2022, também elaborado pela EY. O entendimento dos CROs (Chief Risk Officers) entrevistados – de 88 instituições financeiras em 30 países, incluindo o Brasil – foi no sentido de que programas de transformação digital são essenciais para a inovação de produtos e serviços financeiros, bem como desenvolvimento de novos modelos de negócio. Quase seis em cada dez CROs (58%) disseram que a transformação digital vai acelerar nos próximos três anos por meio da modernização de suas plataformas, correspondendo à resposta mais escolhida.

Cenário econômico global preocupa

Ainda em relação ao estudo dos desafios e tendências para as empresas na América Latina, 45% dos entrevistados atuantes no Brasil disseram que o cenário econômico global é o principal desafio externo às suas empresas no âmbito internacional para os próximos três anos. Na América Latina, 47% optaram por essa resposta.

A incerteza política foi a segunda resposta mais comum, ainda no contexto dos desafios internacionais, entre os executivos do mercado brasileiro com 40%, enquanto, na América Latina, 41% fizeram essa escolha. A incorporação de tecnologias disruptivas em transformação constante apareceu na terceira posição no cenário que considera apenas o Brasil com 40% das respostas, seguida de aumento dos custos dos fatores de produção e, por fim, da entrada de novos competidores.

Já em relação aos desafios externos às suas empresas no âmbito local que serão enfrentados nos próximos três anos, 64% dos respondentes apontaram estabilidade econômica, enquanto 57% fizeram o mesmo na média da América Latina. Na sequência, incerteza política apareceu com metade das respostas no cenário que considera apenas o Brasil, porcentagem muito semelhante com a da América Latina, que registrou 49%. Completaram o ranking os seguintes desafios: inflação, com 37%; incerteza regulatória, com 33%; e taxa de câmbio, com 18%.

"Embora as condições de negócio tenham melhorado nos últimos meses, as empresas na América Latina enfrentam, ainda, um contexto econômico instável, além de incertezas políticas locais e globais. O que se espera para os próximos trimestres aqui no Brasil é a continuação da queda da inflação, abrindo a possibilidade de redução dos juros com consequente ambiente mais positivo para o crédito ofertado a consumidores e empresas", diz Victor Guelman, sócio-líder de Markets e Business Development da EY Brasil. "Esse cenário tende a impulsionar a economia como um todo, favorecendo o crescimento das empresas", completa.

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