A venda de serviços de dados se manterá como principal fonte de receita das operadoras de telefonia nos próximos anos e a tendência é que esses serviços cresçam rapidamente no mercado. Mas, o que marcará a diferença entre uma oferta e outra, serão os serviços de valor agregado que os players do setor adicionarão às suas ofertas.
A Telefônica, por exemplo, aposta suas fichas na oferta de serviços de telepresença. Para isso, a operadora fechou parceria com a Cisco. A oferta será baseada no modelo de serviço, com o cliente pagando uma quantia mensal à Telefônica, que fornece o hardware e o gerenciamento do serviço de telepresença. São dois modelos de negócios: ora a Telefônica compra o hardware da Cisco e oferece o serviço, ora a Cisco entra como parceira da operadora e aluga seus equipamentos para o cliente.
Os sistemas de telepresença ganharam visibilidade no mercado com a crise financeira mundial, já que reduz custos com viagens dos executivos ao exterior para participação em reuniões.
O principal interesse da Telefônica nessa oferta é o fato de o serviço de telepresença exigir, no mínimo, a compra de um link de 22 Mbps, o que garante uma receita expressiva à operadora.
Segundo Vladimir Barbieri, diretor-executivo do segmento empresas da Telefônica, a economia média gerada pela solução é de cerca de R$ 5 mil por viagem ao exterior evitada. O executivo conta que atualmente a empresa só tem grandes companhias como clientes e que a solução demorará cerca de dois a três anos para ganhar maturidade e chegar às pequenas e médias empresas.
Barbieri observa que a crise ajudou nas vendas da solução e que esta deixou um legado, já que as empresas perceberam uma redução nos custos. "Além disso, para nós é importante porque alavanca a venda de dados, que é o nosso principal foco. A solução é indica aos clientes interessados na compra de dados, ou seja, um serviço de valor agregado", conclui.
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