O uso de bancos de dados nas nuvens afetarão o setor de banco de dados mais do que qualquer outra tecnologia nova, de acordo com uma pesquisa recente encomendada à Database Trends pela Embarcadero, fornecedora de ferramentas de desenvolvimento de software. Realizada com cerca de 1,2 mil profissionais de banco de dados, mais de um terço dos entrevistados (34%) citou os bancos de dados nas nuvens como a tecnologia destinada a exercer o maior impacto no setor. A virtualização ficou em segundo lugar, com 27% dos votos, seguida pelos discos de estado sólido, com 15%. Em quarto ficou ajuste visual de desempenho, com 12%, e tecnologias de colaboração com 8%, fechando a lista das cinco tecnologias mais votadas.
A pesquisa também revela que tanto o desempenho como as emergências parecem impedir que os DBAs tenham uma noite tranquila de descanso. Quando questionados em relação os problemas de banco de dados que tiravam o seu sono, o desempenho do banco de dados de produção foi citado por 43% dos entrevistados, ficando em primeiro na lista. O tempo de inatividade do banco de dados foi o segundo maior motivo de insônia, com 38% dos votos, enquanto 31% mencionaram a redução do desempenho e 29% preocuparam-se com o desempenho do hardware do servidor de banco de dados.
O estudo observa que mesmo os DBAs com a documentação mais completa e os planejamentos mais inteligentes devem ficar em alerta para lidar com situações de emergência. De fato, 37% dos entrevistados informaram que tiveram de lidar com pelo menos cinco emergências relacionadas a bancos de dados no ano passado. Dentre eles, 9% lidaram com mais de 20 emergências, ou seja, quase duas por mês. Um grupo sortudo de 17% dos entrevistados conseguiu evitar qualquer situação de emergência. Por outro lado, as emergências exigiram que mais da metade dos entrevistados (54%) pernoitasse no escritório.
Parece haver um consenso geral entre os entrevistados em relação aos maiores desafios que enfrentam em seus projetos: 43% reclamaram de não terem tempo suficiente para realizar suas tarefas, 40% disseram que um planejamento ruim é um desafio enorme, 33% citaram requisitos insuficientes ou inexistentes, 31% mencionaram o âmbito exagerado e 30% sentem-se prejudicados por ferramentas lentas ou ineficientes. Por outro lado, mais da metade afirmou que suas empresas oferecem treinamento aos DBAs ou desenvolvedores e dois terços afirmaram que suas empresas investiram em novas ferramentas tecnológicas para eles nos últimos cinco anos.
Outra tendência que surgiu na pesquisa foi a interação maior entre DBAs e desenvolvedores de aplicativos, com 61% dos entrevistados afirmando colaborar com desenvolvedores mais do que há cinco anos. Este entrelaçamento de universos se deve, em parte, ao maior número de DBAs de produção envolvendo-se com ambientes de não-produção e a desenvolvedores tradicionais usando SQL regularmente. A pesquisa também revelou que ambos os grupos acreditam, em sua maioria, que a outra parte confia neles e entende suas necessidades.
Para muitos, o compartilhamento de ferramentas acompanha o compartilhamento de papéis. Ao serem questionados sobre quantas ferramentas de banco de dados eles compartilhavam com outros na empresa, 73% afirmaram compartilhar pelo menos uma, sendo que 13% disseram compartilhar cinco ou mais.
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