As quatro maiores operadoras de telecomunicações dos EUA (Verizon Communications, AT&T, Sprint e T-Mobile) perderam, juntas, desde meados de novembro, cerca de US$ 45 bilhões em valor de mercado — que é medido pelo valor da ação da empresa na bolsa multiplicado pelo número de ações existentes. A cifra é maior do que o valor de mercado atual da Sprint e T-Mobile combinados, e reflete a preocupação do mercado de que o custo operacional dos serviços móveis deve ficar mais caro e menos lucrativo.
Dois eventos contribuíram para a queda no valor das teles. O primeiro foi é a venda pelo governo, ainda em curso, de novas licenças de telefonia móvel, que começou em 13 de novembro e até sexta-feira, 12, havia recebido lances de mais de US$ 43,7 bilhões. O outro foi um comunicado da Verizon, na semana passada, informando que a pressão competitiva forçando-a a oferecer descontos iria prejudicar seus lucros.
Esses acontecimentos levaram os investidores a concluirem que algo está mudando no setor. A avaliação é que as operadoras terão de investir em suas redes para lidar com o aumento do tráfego de dados proveniente de smartphones, bem como ser capazes de gerenciar os custos à medida que a receita com esse tráfego está erodindo.
Enquanto isso, as operadoras estão oferecendo mais e mais agressivos planos para conquistar clientes. AT&T oferece dados adicionais gratuitos para tornar seus planos mais atraentes, abrindo mão de uma parte da receita como o aumento do tráfego de internet sem fio. A Sprint disse que pretende cortar o preço das contas de assinantes pela metade. E na quarta-feira passada, 10, T-Mobile disse que vai oferecer planos familiares com dados ilimitados a partir de US$ 100 por mês para duas linhas.
A Verizon disse que tem sido obrigada a conceder mais descontos para conquistar clientes. A operadora também admitiu que mais clientes foram para outras operadoras neste trimestre, devido às promoções dos rivais. Isso fez com que suas ações encerrassem o pregão de sexta-feira, 12, negociadas a US$ 45,58, queda de 1,7% no dia e de mais de 10% desde 12 de novembro.
A AT&T disse durante conferência com investidores na terça-feira, 9, que o "churn" [que mede o percentual de assinantes que a operadora perde a cada mês] do quarto trimestre será maior do que em igual período do no ano passado e que as suas margens serão bastante atingidas. As ações da AT & T caíram 1,7% sexta-feira, para US$ 32,16, recuo de mais de 9% desde 12 de novembro.
As ações da Sprint desabaram 7,3% na sexta-feira, para US$ 4,08 a ação, fora mais de 18% de recuo no mês passado. As ações da T-Mobile caíram 1,3%, para US$ 25,31 na sexta-feira, e quase 11% desde 12 de novembro.
Para analistas ouvidos pelo The Wall Street Journal, a questão agora é saber quanto tempo a pressão sobre essas métricas — custo do tráfego, queda das margens de lucro e aumento do churn — vai durar.
Quando uma empresa perde valor de mercado no Brasil vemos estampado em todo meio de comunicação como sendo fruto de ilicitos onde o governo esta envolvido. Mas quando acontece isso fora do Brasil tem uma explicação simplista. Com isso não estou dizendo que concordo com coisas erradas mas antes de sermos juiz e juri seria melhor que se cumpra a lei e respeita o pais já que não se tem mais nenhuma consideração pelas autoridades constituidas. Escondemos as coisas boas do país e sentimos prazer macabro em expor tudo que não presta onde se dá crédito depreciativo ao povo. Será que não basta que o Brasil seja mal visto pela violencia urbana?
Gildo,
O que tem a ver um mercado de commodity (minutos de voz e acesso a banda larga móvel) com quatro players aonde a competição faz as margens baixarem com um mercado monopolista estatal aonde a corrupção encobertada pela ideologia afunda mais de uma década do valor da empresa?
Rodrigo
Prezado leitor, o texto não faz nenhuma analogia nesse sentido.