Ano de 2021 irá redefinir o século 21, aponta estudo da Accenture Interactive

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Ao mesmo tempo em que a crise de Covid-19 redefine o funcionamento das economias e da sociedade como um todo em 2020, a criatividade humana é apontada como responsável por uma série de inovações que ficarão para as próximas décadas. O "Fjord Trends 2021" da Accenture mostra que as organizações terão cada vez mais oportunidades de desbravar territórios ao adotar estratégias, serviços e experiências que atendam às necessidades dos consumidores.

Está é a 14ª edição desta série de estudos anuais feita pela rede global de designers e equipes de criação da Accenture Interactive.
"A história já nos ensinou que depois de uma crise global vem uma nova era de pensamento", resume Mark Curtis, diretor de inovação e liderança da Accenture Interactive. "Ao olhar para o futuro, enxergamos mundos potenciais. Alguns nos assustam, outros nos animam, mas todos têm grande potencial de exploração. O que fizermos agora irá definir o resto do século. É a máxima oportunidade para as empresas pensarem e agirem de forma diferente."

Segundo o estudo, a pandemia trouxe caos e tragédia, mas também clareza e algumas surpresas positivas. A crise tem evidenciado o que é importante para as pessoas e inspirado um espírito comunitário e inovador, mesmo dentro de casa. O resultado é um novo conjunto de desafios para as empresas: como responder do ponto de vista operacional e de comunicação; como atender ao número crescente de expectativas dos consumidores; e como deixar o mundo mais empático ? tudo isso enquanto lutamos para sobreviver em uma economia precária.

Com dicas práticas sobre como as empresas podem ajudar a moldar o renascimento do século 21, o Fjord Trends 2021 analisa sete tendências emergentes que irão definir os negócios, o comportamento dos consumidores e a sociedade em geral:

• Deslocamento coletivo: O lugar e a forma de experimentar os acontecimentos mudaram em 2020, que ficaram marcados por uma sensação compartilhada de deslocamento à medida que buscávamos coletivamente novas maneiras e locais para fazer as coisas de que gostamos e que precisamos fazer. O jeito como trabalhamos, compramos, estudamos, socializamos, cuidamos de nossas famílias e da nossa saúde mudou para muitos de nós e as marcas precisam buscar novas formas de oferecer experiências inéditas de interação entre as pessoas.

• Inovação "faça você mesmo": Cada vez mais, a inovação é impulsionada pelo talento das pessoas em encontrar novas formas ou atalhos para lidar com os desafios, como aquele pai ou mãe que passou a usar a tábua de passar roupa como mesa para sua nova função de professor. A tecnologia assumiu um novo papel, tornando-se uma facilitadora para a criatividade humana, fazendo as pessoas chegarem mais longe. Isso inclui de políticos a personal trainers, que deram um novo significado a plataformas como o TikTok e videogames para a transmissão de shows e outras mensagens importantes. Todos buscam as melhores soluções, mas a era em que uma marca precisava criar uma solução fechada está terminando, enquanto outra, em que as marcas criam as condições para inovações individuais e personalizadas, ganha cada vez mais força.

• Boas equipes são formadas assim: Quem trabalha de forma remota agora vive no escritório, o que tem um efeito significativo nos acordos recíprocos entre empregados e empregadores e as várias suposições envolvidas. Por exemplo, quem decide que roupa deve ser usada em uma videochamada de trabalho de dentro de casa? Quais são os limites de privacidade para quem trabalha em casa? Mesmo com a chegada da tão esperada vacina, a mudança na relação entre as pessoas e seus trabalhos e entre empregadores e equipes é permanente. O futuro não guarda uma solução única para todos e por algum tempo ainda veremos várias tentativas nesse universo.

• Infraestrutura líquida: Uma vez que mudou a forma como as pessoas adquirem produtos e se envolvem com os serviços, as organizações tiveram que repensar suas cadeias de suprimentos e o uso de todos os seus ativos físicos e focar em pequenos agrados – como a satisfação imediata ao fechar a compra em lojas físicas (que poucos valorizavam e agora sentem falta). Agora, as empresas precisam demonstrar agilidade e resiliência em todas as frentes para que possam se adaptar rapidamente às mudanças, inclusive as que ainda estão por vir, como as impulsionadas pela sustentabilidade.

• Interação entusiasmante: As pessoas estão passando cada vez mais tempo interagindo com o mundo por meio de telas. O resultado é que notamos uma certa "mesmice" causada pelos modelos de design adotados nas experiências digitais. As empresas devem repensar esse design, o conteúdo, o público-alvo e a interação entre eles a fim de injetar cada vez mais emoção, alegria e a sensação de feliz coincidência nas experiências de tela.

• O desafio da empatia: As pessoas se preocupam muito com as causas defendidas pelas empresas e a forma como expressam seus valores. A pandemia deixou claros os problemas e a desigualdade de sistemas ao redor do mundo – da falta de acesso a serviços de saúde à desigualdade de modo geral. Como resultado, as empresas precisam se esforçar para gerenciar as narrativas que moldam suas marcas, priorizando os assuntos que realmente importam e definem seus comportamentos.

• Rituais perdidos e achados: O cancelamento e a disrupção dos rituais ? que vão desde celebrar o nascimento até dar o último adeus a quem morreu ? tiveram um grande impacto no bem-estar coletivo. A tendência indica um espaço aberto para as empresas que desejam ajudar as pessoas em suas buscas por significado e novos rituais capazes de trazer alegria e conforto. Tudo começa com a compreensão da lacuna deixada pelo ritual perdido e o desenvolvimento de um substituto à altura.

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