A ampliação da participação da Telefônica na Vivo ainda é incerta, segundo analistas da corretora Ibersecurities em nota divulgada a investidores nesta terça-feira (15/1). "A Telefônica pretende abrir mão das participações da Portugal Telecom na Vivo, que o grupo Sonae parece estar disposto a vender", afirma o documento, ao frisar que isso gera incertezas quanto a possibilidade do grupo espanhol comprar a metade do capital da operadora de telefonia móvel brasileira.
A oferta de aquisição do grupo Sonae sobre a Portugal Telecom e a Portugal Telecom Multimedia, braço da operadora na área de multimídia, teve início nesta terça e irá se prolongar até 7 de março.
A administração da Portugal Telecom rejeitou a oferta, e a Telefônica, uma dos maiores acionistas da operadora portuguesa, apóia o presidente da empresa, Henrique Granadeiro, em sua oposição à homologação do negócio.
A Ibersecurities avalia que, com essa "parceria" contrária à oferta, vários cenários se apresentam. Isso, segundo os analistas da corretora, gera incerteza sobre a possibilidade de a Telefônica comprar a metade do capital da Vivo que pertence à Portugal Telecom. A operação obrigaria a operadora espanhola a um investimento de cerca de 3 bilhões de euros (R$ 8,3 bilhões), conforme cálculos da Ibersecurities. Parte do montante seria obtida com a venda da participação da Telefônica na Portugal Telecom ? 10% do capital ?, o que poderia totalizar 1,045 bilhão de euros (R$ 2,9 bilhões).
A Ibersecurities ressalta ainda que, caso pretenda comprar a participação da Telefônica na Vivo (50%), o grupo Sonae "deverá ter financiamento suficiente".
Com informações da Agência Lusa.