O presidente da Vivo, Roberto Lima, diz que a operadora já está adiantando o cumprimento das metas de cobertura da rede 3G, que começam a ser cobradas depois de abril, quando a cobertura 2G nacional estará completa para todos os operadores. Ele diz que hoje existem algumas cidades em que a Vivo usa a rede 3G para serviços de voz apenas, mas são casos em que há pouco espectro disponível. A operadora pretende, contudo, ter o serviço de banda larga móvel em todas as cidades em que houver a rede 3G, mesmo que isso implique investimentos em infraestrutura e backhaul que não tenham retorno em curto prazo. "É por isso que eu digo sempre que precisamos encontrar formas de compartilhar essa infraestrutura, pois todas as operadoras terão os mesmos problemas". Recentemente, alguns operadores sinalizaram ao governo que usarão a rede 3G apenas para voz em cidades de menor poder aquisitivo.
Lima ressaltou que seria uma boa iniciativa do governo compartilhar a infraestrutura estatal de banda larga para que as empresas possam fazer o acesso banda larga em municípios distantes. "Essa rede das elétricas que o governo pretende utilizar seria muito útil para nos ajudar a cobrir o país com banda larga móvel", disse, se referindo à infraestrutura que será utilizada no Plano Nacional de Banda Larga.
Roberto Lima também confirma os planos de acelerar a implantação da rede de quarta geração no Brasil, e vê com expectativa positiva os testes que a Telefônica, acionista da Vivo, faz com a tecnologia LTE na região. "É um gasto que teremos, mas é um investimento necessário que precisamos fazer o quanto antes", diz. Ele ressalta, contudo, que a operadora pretende percorrer o roadmap tradicional de evolução e adotar, antes, tecnologias HSPA+, para só depois chegar no LTE.
- Mobile World Congress