5G, IA e IoT: as tecnologias que vão mudar o varejo brasileiro nos próximos meses

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Quando se trata de tecnologia, o varejo brasileiro sabe que não há mais escapatória. Independentemente do porte ou segmento, é essencial adotar soluções capazes de automatizar  processos e melhorar a eficiência operacional. Porém, a questão é saber quais tecnologias podem ser úteis para o dia a dia do negócio. Entre tantas opções disponíveis, algumas se destacam por entregarem aquilo que o varejista mais precisa.

Isto é, informações acuradas, insights e inteligência na tomada de decisões. Situações possíveis graças a uma combinação de conceitos que deve se aprofundar nos próximos meses: a chegada do 5G e a expansão da inteligência artificial e da internet das coisas.

A chegada do 5G ao Brasil está prevista para o segundo semestre de 2022 nas capitais estaduais. Com promessa de uma conexão ultrarrápida, projetos de omnicanalidade no varejo, possíveis com o princípio de conectividade entre diferentes objetos, se tornarão frequentes. Além, é claro, das possibilidades de análises de informações provenientes de ferramentas de IA – algo que já está em alta no mercado global. Não à toa, pesquisa do Gartner aponta que o setor de software de inteligência artificial deve movimentar US$ 62,5 bilhões em 2022, um aumento de 21,3% em relação ao ano anterior.

A expectativa se justifica com as possibilidades oferecidas pelo 5G a partir das ferramentas já existentes de IA e IoT. Se a conexão proporcionada pela quinta geração de internet móvel promete ser 100 vezes mais rápida do que o 4G (que já causou uma revolução nos dados), é natural que vá entregar além daquilo que os profissionais já possuem. Imagine, por exemplo, dados melhores e mais completos para ferramentas de IA, capazes de automatizar ainda mais o processo de análise. Ou ainda o fluxo de dados que circula entre os equipamentos, possibilitando extrair mais informações de outras ferramentas da loja, como provador virtual. Abrem-se novas oportunidades de negócios para todos.

A principal delas, evidentemente, consiste em melhorar a experiência do consumidor. A aceleração digital dos últimos dois anos colocou o tema no centro das lojas físicas.

Afinal, com muitos comprando nos canais digitais, o nível de personalização aumentou significativamente. As pessoas esperam que os estabelecimentos localizados nas ruas ou nos centros de compras entreguem a mesma comodidade e facilidade. Não há mais espaço para empresas que abordam seus clientes como uma massa uniforme com os mesmos desejos e necessidades. É preciso aprofundar essa relação, colocando a loja física em evidência independentemente do canal que a pessoa pretende concluir sua compra.

Isso leva ao segundo ponto que pode (e deve) ser incrementado com o 5G e as novas possibilidades de inteligência artificial e internet das coisas. O varejo precisa estender a jornada de compra do seu consumidor. Isso pode ser feito a partir da omnicanalidade, evidentemente, ao posicionar a marca em diferentes canais e ambientes digitais que a pessoa costuma frequentar. Mas é possível fazer isso dentro da própria loja ao estipular diferentes perfis de compradores (como a identificação de jovens e adultos no fluxo devisitantes) e a criação de iniciativas que melhorem a permanência, como redução na fila do caixa, disposição de vitrines, entre outros.

O certo é que os próximos meses serão decisivos para o varejo brasileiro. A pandemia de covid-19 deixou as lojas físicas numa encruzilhada: ao mesmo tempo que sua importância foi reforçada na sociedade, também é preciso adotar uma série de mudanças para atender aos novos hábitos dos consumidores. Não há mais retorno. Com o 5G batendo à porta no cenário brasileiro, passou da hora de os lojistas e empreendedores se adaptarem a estes novos tempos. Quanto mais rápido se acostumarem ao oceano de informações que virá nos próximos meses, mais rápido conseguirão atingir seus objetivos.

Ricardo Fiovaranti, CEO da FX Data Intelligence.

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