A Nokia, que teve sua nota de crédito de longo prazo rebaixada pela Moody's de "Baa2" para "Baa3", e o rating de curto de "Prime-2" para "Prime-3", garante que mantém "posição financeira sólida", mesmo com a queda na receita nos últimos trimestres. A fabricante finlandesa de celulares divulga o balanço do primeiro trimestre na próxima quinta-feira, 20.
A agência de classificação de risco diz que a queda na avaliação da Nokia foi desencadeada pelo anúncio realizado pela fabricante no dia 11 deste mês, de uma redução de 16% nas vendas de celulares no primeiro trimestre, em relação a igual período do exercício anterior, informa o The Wall Street Journal.
A Moody's avalia que a Nokia passa por um desafio estrutural e não consegue retomar o espaço abocanhado por fabricantes chineses, por isso estima que ela terá um declínio nas vendas no primeiro trimestre. De acordo com a agência, a série Lumia desenvolvida em parceria com a Microsoft, com o Windows Phone, uma das apostas da finlandesa para recuperar participação de mercado, deve chegar apenas à terceira posição entre sistemas operacionais de smartphones, mesmo com intenso trabalho de marketing e redução de preços. Os dispositivos com o Android, do Google, e o iOS, da Apple, continuarão liderança do mercado.
No segmento de celulares, a Moody's avalia que a Nokia enfrentará ainda mais pressão das rivais chinesas, principalmente no mercado low-end – de aparelhos mais simples com funções básicas. Para a agência de classificação de risco, isso vai prejudicar a empresa, que deve apostar ainda mais na série Lumia e também perder espaço nesse mercado.