Os thin clients chegam aos telecentros comunitários de todo o país para beneficiar a população mais carente. A Tecnoworld, fabricante brasileira de thin clients, notebooks e placas, e a ONG Rits (Rede de Informação para o Terceiro Setor) inauguram no fim deste mês 50 telecentros em todo o país, após implantação de outras 130 salas em São Paulo.
Segundo as duas empresas, com a inauguração dos telecentros, que foram construídos em parceria com a Petrobras e o governo federal, serão beneficiadas comunidades isoladas e zonas periféricas, que incluem desde os estados do Amazonas e Bahia até áreas na região Sul do país.
Com modelo similar aos de São Paulo, os telecentros com thin clients são de fácil replicação, por serem uma infra-estrutura mais acessível e atenderem bem ao fluxo intenso de usuários, que chega ser de até 3 mil usuários mensalmente em cada unidade. "Na capital paulista, o modelo deu tão certo que resistiu à transição de governo e as salas continuam funcionando. Além disso, o país planeja viabilizar mais 90 Casas Brasil com equipamentos da Tecnoworld nos laboratórios", explica Paulo Lima, diretor executivo da Rits.
Cada um dos telecentros custou R$ 110 mil, muito bem investidos de acordo com pesquisa da Rits. Nesse levantamento, a ONG mostra que mais de 98% dos usuários afirmaram a importância do telecentro para a comunidade e cerca de 62% frisaram a extrema importância local. "Escolhemos a Tecnoworld pela qualidade de produto, preço competitivo e possibilidade de atender nossa demanda", reitera Lima.
Depois dos projetos implantados, a Rits e a Tecnoworld esperam estreitar laços em parcerias sociais. Atualmente, estudam formas de viabilizar um telecentro, em Acari, Rio de Janeiro. "É importante que as empresas de tecnologia sigam o exemplo da Tecnoworld e se sensibilizem com o problema de desigualdade e exclusão do país. Todas as companhias da área deveriam ter projetos de responsabilidade social", frisa Lima.