Software livre permitirá notebook a R$ 1,8 mil, diz secretário do MCT

0

O uso de programas gratuitos, sem pagamento de licenças de uso, e a redução de impostos, deverá fazer com que empresas possam oferecer computadores portáteis de qualidade a R$ 1,8 mil. A afirmação é do secretário de políticas de informática do ministério da Ciência e Tecnologia, Augusto Gardelha, ao contra-argumentar a alegação feita por alguns fabricantes de computadores de que o limite de preço será difícil de ser atingido.

?Não é você retirar ou diminuir qualidade que vai baixar o preço. Ao sinalizar R$ 1,8 mil estamos dizendo ao mercado: é possível, sim, fazer um notebook de boa qualidade barato no Brasil?, diz. Segundo o secretário, no mercado internacional é possível encontrar bons notebooks por US$ 600 a US$ 700.

Gardelha afirma que o peso também é um das principais características do produto no preço final. ?Quanto menor e mais leve, mais caro. O nosso terá um peso máximo de 3 quilos.?

Na segunda-feira (14/5), o governo publicou portaria no Diário Oficial anunciando a extensão do programa Computador para Todos ? criado há quatro anos para possibilitar a venda de computadores mais baratos com financiamento de bancos públicos. Pelo programa, o governo oferece dois subsídios: a isenção PIS e da Cofins. E, para o comprador, o financiamento de até R$ 1,8 mil, em até 24 vezes, com juros máximos de 2% ao mês.

No ano passado, a venda de computadores no varejo no Brasil atingiu 8,6 milhões de unidades, um aumento de 46% em relação a 2005, de acordo com o MCT, sendo que 25% foram feitas por meio do programa Computador para Todos ? 530 mil unidades populares. Mas o número de financiamentos nos bancos públicos foi baixo: apenas 11,5 mil computadores. ?O seu efeito direto está sendo pouco?, avalia Gardelha, ao dizer, contudo, que isso não diminui o sucesso do programa. ?Em 2003, quando criado, um dos objetivos do Computador para Todos era gerar concorrência, baratear o preço e diminuir o número de vendas clandestinas.?

Uma das resistências encontradas pelo governo foi em relação ao fato dos computadores operarem com softwares livres. O secretário adianta, no entanto, que não haverá redesenho dos programas. ?O Linux é comparável com o Windows. Tem toda a gama de aplicativos. Não há perda de qualidade. Não é uma degradação do sistema?, defende. Ele diz que há uma idéia difundida de que o Windows seria superior ao Linux. As pessoas, então, tentam trocar o sistema, normalmente de uma forma pirateada. ?É o que sai caro, porque, muitas vezes, vem com vírus ou problemas que começam a aparecer depois de um tempo de uso?, explica Gardelha.

Com informações da Agência Brasil.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.