O volume de PCs vendidos no Brasil alcançou 3,86 milhões de unidades no segundo trimestre deste ano, um recorde histórico, e 12,5% superior ante o mesmo período de 2010. Com o resultado, o Brasil superou o Japão no trimestre e se tornou o terceiro maior país em vendas de PCs, ficando atrás somente de Estados Unidos e China. O número representa o segundo recorde consecutivo, já que o anterior havia sido atingido nos primeiros três meses do ano.
O desempenho foi impulsionado preponderantemente pela expansão da comercialização de notebooks, que saltaram 26,7% e ficaram em 1,987 milhão, representando 51,5% do total. Já na comparação com o primeiro trimestre deste ano, as vendas de notebooks tiveram alta de 10,5%. As vendas de desktops, por outro lado, registraram apenas um ligeiro aumento de 0,5% ante o segundo trimestre do ano passado e totalizaram 1,872 milhão no período de abril a junho deste ano.
"A venda de notebooks está crescendo a um ritmo bastante acelerado. Os preços estão agressivos e assim devem permanecer, principalmente pelo fato de que o valor do dólar não deve subir. A tendência é que a representatividade de notebooks sobre o total vendido aumente, podendo ultrapassar a marca de 54% no fim do ano", avalia Martim Juacida, analista de mercado da IDC Brasil.
O analista menciona ainda que a renovação do parque de PCs realizada pelo mercado corporativo também é um fator positivo para o mercado brasileiro de PCs, assim como a continuação da forte demanda do segmento de consumo. Entre abril e junho, as vendas de PCS para as empresas responderam por 28,5% do total, enquanto que para o setor de consumo representou 69,5% e o para a área de governo e educação, 4,7%.
Para este ano, a expectativa inicial da IDC apontava para cerca de 16 milhões de unidades vendidas, mas, segundo Juacida, este número deve ser superado face ao crescimento acelerado da demanda. Em relação à comercialização de tablets, que não são incluídos no segmento de PCs, a expectativa da consultoria é que chegue a mais de 400 mil unidades neste ano, expansão projetada de quatro vezes em relação aos 100 mil de 2010.
- Expansão