O Alibaba fez uma oferta para comprar o site de vídeos online Youku Tudou, um híbrido entre YouTube e Netflix, conforme anunciaram as duas companhias nesta sexta-feira, 16. O gigante chinês do comércio eletrônico ofereceu cerca de US$ 3,6 bilhões pelo site e a aquisição é parte da estratégia da companhia asiática de diversificar suas atividades.
Em um comunicado à imprensa, o Alibaba disse que ofereceu pagar US$ 26,60 por ação do Youku Tudou, valor que representa um prêmio de 30% sobre o preço de fechamento dos papéis da empresa na Bolsa de New York (NYSE) na quinta-feira, 15. No ano passado, o Alibaba havia desembolsado US$ 1,2 bilhão para adquirir 18% de participação no Youku Tudou.
Durante uma teleconferência nesta sexta-feira, o vice-presidente executivo do Alibaba, Joseph Tsai, disse que a cooperação mais estreita com Youku Tudou desde que o grupo chinês fez um investimento estratégico na empresa convenceu o Alibaba a adquiri-lo.
Apesar de considerar o negócio estratégico, as finanças do Youku Tudou não andam nada bem — em 2014, a empresa perdeu dinheiro e também no primeiro semestre deste ano. Mas ele atrai um grande número de usuários: mais de 500 milhões de pessoas a cada mês assistem os filmes e programas de TV que a empresa licencia e produz, além de vídeos gerados por usuários.
Para a empresa, a aquisição pode ajudá-la a criar produtos de publicidade mais valiosos. O
Youku Tudou também contribuir para que o Alibaba atraia uma geração mais jovem, predominantemente de usuários que assistem o conteúdo do Youku em seus telefones celulares e tablets. Embora os aplicativos de compras online Alibaba são populares em smartphones, a empresa não fez tanto rendimento fora anúncios para dispositivos móveis, pois tem fora aqueles para o PC.
O Youku Tudou, que surgiu a partir da fusão de dois dos primeiros gigantes de vídeo online da China, tem lutado para monetizar sua operação, apesar de seu grande número de espectadores. Em parte, os seus problemas decorrem de concorrência de sites apoiados pelo Baidu e Tencent, ambos com taxas bastante acessíveis e programas de TV populares. Publicidade em vídeo online paga pouco na China comparada com os mercados ocidentais. Com informações de agências de notícias internacionais.