Em período de crises, como esse que estamos vivendo, a economia se retrai, as pessoas gastam menos, e o empresariado deixa de investir. Esse ciclo acaba deteriorando ainda mais o ambiente econômico, pois é justamente nesse momento que os empresários e empreendedores precisam usar a criatividade para, no mínimo, tentar manter o mesmo ritmo de vendas, garantir os empregos e gerar renda.
Os momentos de crise são os verdadeiros momentos para repensar todas as atividades das empresas, rever os custos e tomar decisões que em outros momentos seriam muito difíceis de serem tomadas. Todos os colaboradores têm que ser avaliados, para que se possa extrair de cada um o seu melhor e aumentar a produtividade. Todos os contratos devem ser avaliados sobre a mesma ótica e, além disso, deve-se rever a possibilidade de funcionar sem determinados fornecedores.
Empreender é o exercício de quebrar paradigmas, vencendo o medo. Investir em atendimento e inovação, pois estas são as medidas que diferenciam as empresas. Aproveitar a oportunidade para treinar, treinar e não desistir nunca. É sobre esse mantra que as empresas devem focar suas atenções nesse período de crise econômica/política pela qual está passando o Brasil.
De qualquer maneira, as crises econômicas mais recentes não têm sido duradouras. Pelo contrário, são cíclicas. E é nisso que precisamos acreditar. A crise atual, segundo os economistas, deve começar a sumir no retrovisor em cerca de dois anos. São especulações, mas é partir delas que os empresários retomam a confiança no futuro. Não podemos desistir de acreditar no potencial de consumo do Brasil nem deixar de confiar na capacidade do brasileiro de superar as dificuldades que ainda vão surgir.
Claro que falar sobre as decisões que precisam ser tomadas é fácil, mas o mais importante é tomar a iniciativa de maneira calculada. Sabendo os riscos que vai correr, mas não deixando nunca de acreditar no potencial do país. E arriscar de maneira calculada é algo nítido nos empreendedores que se destacam junto aos demais. A decisão não é simples e fácil, mas os dados do passado mostram que é na crise que muitos projetos bem-sucedidos são iniciados.
Paulo Magnus, presidente da MV.
