De acordo com os 9.000 consumidores entrevistados em 11 países, 70% da responsabilidade de proteger e garantir a segurança dos dados cabe às empresas e apenas 30% da responsabilidade a si mesmos. O estudo conduzido pela Gemalto revela, contudo, que menos de um terço (29%) dos consumidores acredita que as empresas estejam levando a sério a proteção de seus dados.
O levantamento feito na Austrália, Benelux, França, Alemanha, Rússia, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Índia, Japão, Reino Unido e Estados Unidos, mostra também que 58% dos entrevistados acreditam que serão vítimas de perda de dados no futuro. Mais de 4,8 bilhões de registros de dados foram expostos desde 2013, sendo o roubo de identidade o principal tipo de violação de dados, correspondendo a 64% dessas violações.
Apesar de estarem mais cientes das ameaças a que estão expostos online, somente um em cada dez consumidores (11%) acredita que não existam por aí aplicativos ou sites que representam maiores riscos.
A maioria dos consumidores que atualmente utilizam serviços on-line diz que pararia de utilizar um site de vendas (60%), de banco (58%) ou de mídia social (56%) se esse site sofresse uma violação, enquanto 66% dizem que eles dificilmente fariam negócios com uma organização que já vivenciou uma violação na qual suas informações financeiras e sigilosas foram roubadas.
O estudo verificou que o uso fraudulento de informações financeiras afetou 21% dos consumidores, com outros tendo vivenciado uso fraudulento em suas informações pessoais (15%) e roubo de identidade (14%). Mais de um terço (36%) daqueles que foram vítimas de violação atribui isso a um site fraudulento. Clicar em um link malicioso (34%) e phishing (33%) foram os outros métodos em que os consumidores foram apanhados com mais frequência. Em relação ao assunto "pôr a culpa nas mãos da organização", mais de um quarto (27%) atribuiu a violação a uma falha nas soluções de segurança de dados da empresa.
A falta de confiança do consumidor pode existir devido à falta de medidas fortes de segurança que são implementadas pelas empresas. Entre os serviços bancários on-line, as senhas ainda são o método mais comum de autenticação, usado por 84% dos serviços bancários on-line e 82% dos serviços bancários móveis, ficando a segurança de transações mais avançadas em segundo lugar para ambos (50% e 48%, respectivamente). Soluções como a autenticação de dois fatores (43% on-line e 42% móveis) e criptografia de dados (31% on-line e 27% móvel) vêm logo em seguida.
Resultados semelhantes podem ser vistos no âmbito comercial, com apenas 25% dos entrevistados que utilizam contas comerciais afirmando que autenticação de dois fatores é utilizado em todos os seus aplicativos e páginas web, e em mídias sociais, com apenas 21% utilizando a autenticação para todas as plataformas. Apenas 16% de todos os entrevistados admitiram possuir total compreensão de o que é criptografia de dados e o que ela faz.