Para Anpei, Brasil perde competitividade com corte na pasta do MCTI

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A competitividade brasileira será prejudicada com o corte de R$ 1,48 bilhão na área de ciência, tecnologia e inovação. Este montante representa uma perda de 22% no valor previsto originalmente na Lei Orçamentária Anual, que era de R$ 6,7 bilhões. O anúncio foi feito na última quarta-feira, dia 15, pelo Ministério do Planejamento e pelo Ministério da Fazenda.

Para a Anpei – Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras, uma política de estado não pode ser impactada por circunstâncias econômicas. “Inovação é pilar fundamental de competitividade de qualquer nação”, afirma Guilherme Marco de Lima, vice-presidente da entidade. "O Brasil com um corte dessa proporção prejudica, ainda mais, a capacidade das empresas brasileiras de agregarem valor aos seus produtos e processos e, consequentemente, de reverterem o déficit crescente da balança comercial", acrescenta.
 
Desde 2007, o país registra saldos negativos crescentes em sua balança comercial que, em 2011, chegou a U$ 92 bilhões. Em janeiro deste ano, déficit registrado foi de US$ 1,29 bilhão (US$ 16,1 bilhões de exportações contra US$ 17,4 bilhões de importações), o pior resultado para um mês de janeiro, desde 1973. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

De acordo com Lima, um Brasil mais competitivo passa, necessariamente, pelo fortalecimento de inovação. E, o discurso da presidente Dilma Rousseff, durante posse do Ministro Marco Antonio Raupp, aponta para esse direcionamento. “O grande instrumento de construção do futuro deste país passa necessariamente pela ampliação das oportunidades e da qualidade da educação e assegurarmos que o Brasil seja capaz de produzir ciência, seja capaz de produzir tecnologia e seja capaz de inovar.”

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