Redes de varejo querem mudar tributação do e-commerce nos EUA

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A crise no mercado de consumo nos Estados Unidos, trazida pela crise econômica mundial de 2008 e 2009, transformou a Amazon na grande vilã do comércio no país. Um grupo de grandes redes varejistas, encabeçado pelo Wal-Mart e Target, quer que as empresas de comércio eletrônico paguem os mesmos impostos das lojas físicas em pelo menos doze estados dos EUA.
Segundo reportagem do The Wall Street Journal, o grupo, autodenominado Alliance for Main Street Fairness (AMSF), quer convencer os parlamentares americanos a estender as regras tributárias ao e-commerce como forma de tornar a competição mais justa.
De acordo com a lei dos EUA, as empresas que não comercilaizam por meio de estabelecimentos físicos não precisam recolher o imposto sobre a venda – a taxa é cobrada, à parte, em todas as transações feitas no país; cada estado com um valor diferente, exceto na web. Caso os consumidores queiram, podem declarar a venda voluntariamente para pagar o imposto. No entanto, apenas 1% dos americanos fazem isso.
Para o vice-presidente executivo do Wal-Mart, Raul Vasquez, essa regra "impossibilita qualquer tipo de competição" com as empresas de e-commerce. A discussão foi trazida à tona na semana passada, quando o grupo conseguiu convencer os deputados do estado de Illinois a taxar a Amazon da mesma forma que as demais redes de varejo. Para a AMSF, não ter de gastar dinheiro com lojas físicas e ainda ter vantagens tributárias tornam os preços da Amazon mais baratos, condenando o varejo físico.
Na opnião da diretora de relações com governo da Best Buy, Laura Bishop, a iniciativa existe para que as empresas possam lutar pelas receitas perdidas durante a crise – período em que grande parte dos consumidores americanos se voltaram ao comércio eletrônico, por conta dos preços mais baixos. De acordo com o jornal americano, muitos estados hoje sofrem com déficit na arrecadação exatamente por causa da baixa nas vendas. O Texas, por exemplo, um dos maiores estados dos EUA em arrecadação, deixou de receber US$ 4,3 bilhões somente no ano passado.

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