A Associação Brasileira de Roaming ) e a HP – provedora do sistema antifraude da entidade – firmaram um contrato para implantar um sistema antifraude que integra os bancos de dados das operadoras celulares e das fixas que detêm código de seleção de prestadora (CSP) para ligações de longa distância.
Está em andamento um projeto piloto na Embratel e Telemar para testar o sistema com alguns tipos de chamada. A conclusão é prevista para agosto.
Depois de aprovado, o projeto será ampliado para as demais operadoras, com um escopo completo de prevenção de fraudes. As teles deverão decidir ainda neste ano sobre a implantação do sistema. A ABR Telecom recentemente passou a representar também as teles fixas.
As informações são de pessoas ligadas ao projeto, mas oficialmente ninguém quis falar sobre o assunto. Os testes foram apresentados como uma degustação para as teles fixas, com o sistema antifraude das celulares, para que observem como um sistema integrado pode reduzir o número de fraudes mediante um pequeno investimento – R$ 500 mil no teste piloto.
Um ponto considerado importante no combate mais efetivo à fraude é a qualidade da informação, por meio da identificação do cliente. Isto pode reduzir, por exemplo, o golpe conhecido como "CSP surfing": o fraudador fica surfando de uma operadora para outra e não paga, pois usa os diferentes códigos de seleção de prestadora. O cadastro de pessoa física (CPF) considerado "ruim", ou inadimplente, fará parte de um banco de dados.
As chamadas para "países suspeitos" – onde há concentração de terroristas, contrabandistas e traficantes – serão monitoradas com acuidade, pois os envolvidos no projeto consideram que há 90% de chance de que essas ligações sejam fraudulentas.