Ficou mais difícil para a América Móvil, do magnata Carlos Slim, manter a oferta na holding Olímpia, que detém o controle da Telecom Italia, após o recuo da AT&T, anunciado na última segunda-feira, 16.
Nesta terça-feira, 17, o primeiro-ministro italiano, Romano Prodi, reiterou que prefere uma solução européia para a operadora, além da pressão dos funcionários da tele e da opinião pública do país por uma solução local.
Segundo analistas italianos, agora a América Móvil tem duas opções: suspender a oferta, como fez a AT&T, ou conseguir sócios italianos que possam melhorar as relações com o governo.
A assembléia de acionistas, que terminou nesta terça, apontou o novo presidente da Telecom Italia, Pasquale Pistorio, que tem o apoio do governo italiano e fazia parte da lista indicada pela holding Olimpia, do grupo Pirelli.
Carlos Buora permanece como vice-presidente executivo e Ricardo Ruggiero como administrador delegado.
A disputa pela Telecom Italia refletirá no destino da TIM Brasil, que resistiu até agora às ofertas de aquisição e cuja fusão com a Claro (do grupo América Móvil), ou Vivo (da Telefónica e Portugal Telecom) decidirá a líder da telefonia móvel no Brasil.