O número de reclamações de usuários dos serviços de telecomunicações caiu 28,4% em maio de 2021 na comparação com maio do ano passado, segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
Os dados agência mostram que em maio de 2020 foram registradas 266.084 reclamações, já em maio deste ano esse número caiu para 190.592, uma queda de 75.492 queixas em números absolutos.
A redução registrada no mês segue uma tendência de queda nas reclamações de usuários de telecomunicações, que tem se acentuado nos últimos meses. Em abril, a queda foi de 24,4% em relação ao mesmo mês do ano passado.
Esse cenário de redução nas reclamações ocorre em um momento de alta no consumo de serviços de telecomunicações em razão de medidas de combate à pandemia da Covid-19, como o teletrabalho, aulas e negócios on-line, entre outras atividades à distância.
Todos os principais serviços de telecomunicações apresentaram redução nos últimos 12 meses. A maior queda ocorreu no serviço de TV por assinatura, cujo índice caiu 49,5%, de 27.009 para 13.638. No serviço de internet banda larga fixa as reclamações caíram 36,8% de 73.201 para 46.289, e na telefonia móvel as reclamações caíram 24,9% em maio em relação a maio do ano passado, passando de 128.256 para 96.270.
"Estamos vendo uma tendência de queda nas reclamações no longo prazo. Isto é resultado dos investimentos feitos pelas empresas, que têm se mantido acima de R$ 30 bilhões por ano. Adicionalmente precisamos destacar avanços nas medidas de autorregulação, como a plataforma Não Me Perturbe, que permite bloquear ligações de telemarketing das empresas de telecomunicações e de bancos", afirmou o presidente executivo da Conexis, Marcos Ferrari. "Além da autorregulação, podemos atribuir essa tendência de queda também à entrada em funcionamento, desde agosto do ano passado, das ouvidorias das prestadoras", completou.
Mesmo durante a pandemia, as empresas de telecom vêm empenhado esforços para manter a conectividade com qualidade, servindo de base nos negócios e empresas para a transformação digital, minimizando o impacto negativo da crise na economia.
Uma análise precisa dos dados sobre reclamações deve sempre adotar o critério da proporcionalidade sobre o universo total de clientes. O setor tem no Brasil cerca de 320 milhões de acessos, entre os serviços de internet, telefonia fixa e móvel e TV por assinatura.