A Usina Santa Cruz, localizada no município de Américo Brasiliense, no interior de São Paulo, está implantando um novo modelo de controle dos recursos agrícolas, baseado no conceito de mobilidade, para aumentar a eficiência e a transparência de toda a sua rotina operacional, desde o plantio e a colheita de cana até a produção industrial de açúcar e álcool anidro e hidratado.
O projeto tem como base a adoção da plataforma PIMS C/S, desenvolvida pela Próxima, fornecedora de sistemas para gestão de negócios na agroindústria, e o uso de terminais palmtops, em substituição aos tradicionais coletores de dados, para a coleta e envio por meio da tecnologia GPRS das informações geradas no campo, as quais são processadas para análise gerencial e suporte à tomada de decisões.
O gerente administrativo e financeiro da Usina Santa Cruz, Gustavo Henrique Rodrigues, explica que o objetivo do projeto é aumentar a eficácia e a transparência da gestão de todo o complexo industrial da usina, que tem capacidade para processar 18 mil toneladas de cana por dia e produzir 25 mil sacas de açúcar e 1,2 mil litros de álcool por dia. ?A gestão do processo agrícola, deve possuir um detalhamento muito grande e que possibilite as intervenções no menor tempo possível, pois a cana representa cerca de 70% do custo total de produção?, diz.
O principal desafio da Usina Santa Cruz é a unificação e padronização dos mecanismos de controle em uma única ferramenta. ?A adoção da plataforma PIMS C/S proporciona maior velocidade e consistência na extração das informações para análise gerencial?, afirma o presidente da Próxima, Gilberto Girardi.
Além do processo de produção, a implantação do PIMS C/S permite o controle da força de trabalho, do uso do maquinário, do consumo dos insumos agrícolas e da prestação de serviços. De acordo com Rodrigues, através do módulo de Apuração de Custos Agrícolas (Custag), a usina tem condições de obter, em tempo real, informações precisas e detalhadas por processo, por grupos de operações e por componente de cada operação.
Uma das funcionalidades do novo ambiente de gestão que está sendo construído é a possibilidade de visualização gráfica de todos os dados consolidados, o que torna mais dinâmica a geração de relatórios sobre a produção detalhada por equipamento, por operador e por turno, e ajuda a suprir as necessidades dos colaboradores. ?A facilidade de integrar as informações PIMS C/S com outros softwares é outro ponto forte do projeto?, destaca Rodrigues.
A próxima etapa do projeto é migração dos dispositivos móveis utilizados para extração de dados de campo. A Usina pretende substituir os coletores Telxon PTC-710, adquiridos há 12 anos, por palmtops. A expectativa é que os novos aparelhos executem as mesmas tarefas dos antigos coletores, porém, com recursos mais sofisticados. Entre eles, Rodrigues cita a leitura a laser de código de barras e comunicação infravermelho.
Já em andamento, o processo de migração será implementado por etapas. Inicialmente, os palmtops serão utilizados para coleta do ponto dos colaboradores do campo, através da leitura de código de barras. Esses dados serão integrados ao sistema de folha de pagamento. Após a finalização e consolidação desse módulo, os novos dispositivos vão extrair outros tipos de dados referentes ao processo produtivo.