Em meio a queda-de-braço travada pelo acionista Carl Icahn com os membros do conselho de administração do Yahoo para que a empresa seja vendida para a Microsoft, a Time Warner voltou à carga nesta quarta-feira (16/7) para tentar convencer as duas empresas a comprar a sua divisão de internet AOL.
Segundo uma fonte próxima à empresa, a Time Warner vem mantendo conversações em separado com a Microsoft e o Yahoo com o propósito de vender a divisão antes da reunião anual dos acionistas do Yahoo, marcada para 1º de agosto, quando será votada a proposta de Icahn para substituir os diretores do site de buscas, para que o negócio com a Microsoft possa ser concretizado.
Mas, apesar de continuarem a discutir as propostas com a Time Warner, executivos ligados às duas empresas, que pediram para não ser identificados, disseram à reportagem da versão on-line do jornal americano New YorK Times que nenhuma delas parece interessada na compra da AOL neste momento. De acordo com os executivos, a Microsoft e o Yahoo estão centrados nos passos que darão após o desfecho da reunião de acionistas do Yahoo em agosto.
Para Richard Greenfield, analista da Pali Capital, parece improvável que qualquer acordo com a AOL possa ser conseguido antes da votação dos acionistas do Yahoo. "Não vejo por que razão alguém iria fazer um movimento agora com todas as peças no tabuleiro de Xadrez onde estão."
O analista diz que a Time Warner esta em um terreno difícil, pois o valor da AOL foi extremamente depreciado nos últimos tempos. "O seu principal negócio da venda de espaço para anúncios em displays gráficos está sob forte pressão de preços. Além disso, a sua marca tem uma certa conotação 'tóxica' entre os consumidores", disse Greenfield, ao acrescentar que a empresa não usa o nome da AOL em novos sites.
Mas o Yahoo e a Microsoft também enfrentam problemas significativos. "Não creio que uma combinação de qualquer um deles vá resolvê-los", finalizou.