Os funcionários de uma fábrica da Nokia na cidade de Sriperumbudur, na Índia, entraram em greve na semana passada exigindo maiores salários. A greve, que terminou na sexta-feira, 14, após 10 horas de duração, foi desencadeada depois que a empresa anunciou sua nova proposta de pagamentos, considerada "inaceitável" pelos empregos.
Segundo agências internacionais, as autoridades locais reportaram mais de 8 mil pessoas participando do protesto, mas a direção da empresa declarou que o número de pessoas foi "consideravelmente baixo". A Nokia calcula que cerca de 300 mil celulares deixaram de ser fabricados devido à paralisação.
De acordo com declaração de um funcionário da empresa que não quis se identificar ao jornal Asian Age, a greve começou durante a troca de turnos da quinta-feira, 13, quando os funcionários da manhã se uniram aos da tarde a fim de parar toda a produção daquela fábrica.
Ele contou que os funcionários já vêm pedindo aumento salarial desde o ano passado, e que o reajuste anual de abril não aconteceu devido à crise mundial. Assim, segundo a fonte, na quinta-feira, quando a Nokia anunciou que haveria um aumento de 1,4 mil rúpias por mês para todos aqueles que têm mais de quatro anos na empresa, a greve começou. De acordo com o funcionário, o aumento foi considerado irrisório.
Fontes que também não quiseram se identificar ao jornal indiano Business Standard, alertaram que, se a Nokia e os grevistas não entrarem em acordo até o dia 24 de agosto, o ministério do trabalho indiano intervirá na situação.
- Produção interrompida