Os gastos mundiais das empresas com TI deve atingir US$ 2,7 trilhões em 2012, um aumento de 3,9% na comparação com o total estimado para este ano, de acordo com dados do Gartner. O estudo prevê, contudo, uma desaceleração nos investimentos no a partir do ano que vem . Neste ano, o aumento das despesas das empresas com TI deve ficar em 5,9%. Para analistas, essa expansão deve ser interpretada como a continuidade dos projetos de TI, apesar do período de incertezas da economia global.
“A TI é um fator primário de crescimento de negócios. Por exemplo, 250 empresas irão investir mais de US$ 1 bilhão cada em TI neste ano, e estão fazendo isso porque a tecnologia impacta sua performance”, afirma o vice-presidente sênior e líder de pesquisa do Gartner, Peter Sondergaard. Segundo o levantamento, dois terços dos diretores executivos (CEOs) acreditam que o setor trará grande contribuições para sua indústria nos próximos dez anos.
A pesquisa revelou o avanço da computação em nuvem no mercado. Enquanto no ano passado foram gastos US$ 74 bilhões em nuvens públicas, representando 3% dos investimentos das empresas, neste ano, o montante deve crescer cinco vezes mais rápido do que o gasto geral em TI. Até 2015, a taxa anual de expansão será de 19%. Outro ponto forte é a mobilidade, que deve ditar o ritmo dos dispêndios em TI nas corporações. Até 2016, serão 900 milhões de tablets vendidos – um a cada oito pessoas no mundo. Hoje, contudo, as empresas não estão conseguindo acompanhar a evolução dessa área. “É uma mudança considerável, não apenas para as pessoas, mas demanda à TI reimaginar a maneira como fornece aplicações”, ressalta Sondergaard.
O Gartner aponta, ainda, que o conceito de data warehousing contendo toda a informação necessária para a empresa está ultrapassado. Sistemas múltiplos, incluindo gestão de conteúdo, sistemas especializados e data warehousing, serão integrados de maneira a formar uma rede “lógica”. Por fim, a consultoria adianta que o próximo estágio da computação social será o consumo em massa, de cidadãos e funcionários, ligado a sistemas empresariais. “Com 1,2 bilhão de pessoas em redes sociais, 20% da população mundial, líderes de TI precisam incorporar imediatamente capacidades de software sociais em seus sistemas empresariais”, alerta Sondergaard.