O Ministério da Ciência e Tecnologia lançou na noite desta quinta-feira (17/11), em Brasília, a nova Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP). Durante o evento de inauguração, que faz parte da programação da 3ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação promovida pelo MCT, foi realizada uma demonstração do potencial de uso da rede com transmissão de imagens em alta resolução.
A nova RNP vai elevar a capacidade total de transmissão da atual rede, de 2,5 gigabits para 60 gigabits. Em São Paulo, Minas Gerais, no Rio de Janeiro e Distrito Federal, a velocidade chegará a 10 Gbps (gigabits por segundo). Essa configuração está bem acima do que é oferecido pela banda larga mais veloz da rede comercial, que é de 1 Mbps.
A nova infra-estrutura da RNP já alcança dez capitais brasileiras e deve chegar aos demais estados, gradativamente, nos próximos quatro anos. Com isso, a rede acadêmica brasileira equipara-se às principais redes avançadas do mundo, como Internet2 (EUA), Géant2 (Europa) e CaNet*3 (Canadá). Segundo o MCT, a nova configuração da rede vai permitir uma comunicação mais dinâmica entre os centros de pesquisa e as universidades públicas do país. Além disso, abrirá espaço para a utilização de ferramentas como videoconferência e comunicação por voz via internet.
A RNP começou a operar em 1991 e, três anos depois, já atingia todos os estados brasileiros e o Distrito Federal. Entre 2000 e 2001, a rede foi totalmente atualizada para oferecer suporte e aplicações avançadas. Instituições federais de ensino superior, unidades de pesquisa federais, agências dos ministérios da Educação (MEC) e Ciência e Tecnologia (MCT) e outras instituições de ensino e pesquisa comunicam-se entre si e têm acesso à internet via RNP. Seu backbone interliga mais de 200 instituições e atende a mais de 1 milhão de usuários em todos os estados do Brasil.