Metade das universidades do país poderá ter certificado digital em 2009

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Até o fim de 2009, metade das universidades federais do país deve disponibilizar para alunos, professores e demais servidores a certificação digital. O anúncio foi feito na quinta-feira, 13, em Brasília, por ocasião do lançamento da chave pública da autoridade certificadora (AC) raiz da Infra-Estrutura de Chaves Públicas para a área de ensino e pesquisa (ICPEDU). O principal objetivo do serviço, coordenado pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), é possibilitar que universidades e instituições de ensino e pesquisa possam emitir certificados digitais para seus usuários.
De acordo com o ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, esse projeto é mais uma colaboração da RNP para a comunidade de pesquisa, que poderá acessar, com mais eficiência e segurança, as mais sofisticadas tecnologias. "Temos agora que disseminar esta iniciativa para que a comunidade acadêmica possa adotar este instrumento, que vai trazer ganho de eficiência para o setor", disse. Rezende destacou também que as agências de fomento do Ministério da Ciência e Tecnologia – CNPq e Finep, que já recebem propostas em determinados programas de forma digital – devem ampliar o uso desta solução. "Espero que o sistema MCT seja o primeiro a realmente utilizar, de maneira completa e integral, as ferramentas que estão disponíveis com a certificação digital", disse.
O diretor geral da RNP, Nelson Simões da Silva, disse que a principal vantagem desse processo é a geração de uma cultura de segurança em colaboração a distância. "Com este sistema não é preciso ter medo de trocar ou assinar um documento eletrônico. No âmbito acadêmico isso é muito importante, não só para disponibilização de notas e projetos, que são submetidos para agências de financiamento, mas também para colaboração científica", acrescentou.
O projeto piloto da RNP teve a participação de 12 instituições. Agora, a intenção é disseminar o uso da aplicação em instituições interessadas por todo o Brasil. "Esperamos pelo menos dobrar o número de unidades integradas ao serviço em 2009. Estamos falando de uma comunidade, apenas nas universidades, de quase dois milhões usuários, entre alunos, professores e servidores", acrescentou Simões. Segundo ele, praticamente não há custo de implantação para a instituição interessada. Pelo programa, a RNP disponibiliza o hardware e software necessários para a autoridade certificadora. Em contrapartida, a instituição que aderir deve disponibilizar a equipe técnica de tecnologia da informação para os procedimentos. Em algumas instituições os usuários já utilizam cartões digitais para identificação.
Além da agilidade e da economia de papel na rotina de trabalho das unidades, Nelson Simões explica que para que um pesquisador utilize recursos que estão em outra instituição, em muitos casos, é exigido este tipo de identificação. "A certificação digital vai criar uma condição muito mais eficiente quando, por exemplo, um pesquisador precisar acessar um supercomputador que está em um centro distante. Em um ambiente de certificação digital isto ocorre de forma simples e segura", disse.
A RNP lançou em 2003 uma chamada pública de projetos para a implantação de uma infra-estrutura na área de certificação digital para as universidades. O projeto vencedor foi o ICPEDU, desenvolvido em cooperação por pesquisadores das Universidades Federais de Minas Gerais (UFMG), de Santa Catarina (UFSC) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). O objetivo da chamada era melhorar a segurança digital no âmbito acadêmico. As ferramentas desenvolvidas no projeto permitem a criação e gestão de Infra-estruturas de Chaves Públicas (ICP) nas universidades e instituições de pesquisa, que garantem o controle destes certificados digitais.

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