Após admitir que o país ainda não produz conversores de TV digital em número suficiente para atender a população, o ministro das Comunicações, Hélio Costa, afirmou nesta quarta-feira, 17, que falta engajamento da própria indústria para popularizar a nova tecnologia.
"Infelizmente, até agora, não vi uma disposição da indústria de realmente produzir dentro da expectativa e da necessidade da TV digital. Temos, em média, 200 mil conversores nos mercados por mês. Se tivéssemos um milhão, todos seriam vendidos", afirmou Costa, durante entrevista a emissoras de rádio da EBC, no programa Bom dia, Ministro.
Hélio Costa lembrou que, há cerca de um ano, quando o conversor foi lançado no Brasil, o preço por aparelho chegava a R$ 1,4 mil. Na época, o próprio ministro criticou o valor do equipamento e incentivou que a população aguardasse uma queda nos preços para comprar os conversores. Atualmente, porém, o aparelho é vendido a R$ 240, o que, segundo ele, é um preço acessível. O ministro voltou a insistir que, caso a indústria se mostrasse disposta a aumentar a oferta de conversores, a população teria mais acesso ao serviço digital.
Sem crise
Além disso, Hélio Costa garantiu que a crise financeira internacional não atingiu o setor de telecomunicações brasileiro. "Até pelo fato de que, quanto maior a crise, mais a gente fala ao telefone, mais a gente quer ouvir notícias, mais a gente fica agarrado na televisão", avaliou ele, ressaltando que o setor será o último a sentir os impactos da crise.
De acordo com o ministro, todas as empresas estão investindo e multiplicando seus esforços, mas, como a crise é internacional, tem alguns reflexos no Brasil. "O primeiro foi o aumento do dólar, que dificulta um pouco o custo dos aparelhos, que são importados. Mas estamos exportando transmissores da TV digital para os Estados Unidos", analisou Hélio Costa. As informações são da Agência Brasil.
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