O investimento global em fintechs está desacelerando e caiu de US$ 120 bilhões em 2018 para apenas US$ 37,9 bilhões no primeiro semestre de 2019. Contudo, essa queda pode ser temporária se consideradas as fusões e aquisições propensas a ocorrer no futuro próximo. Essas são algumas das conclusões da pesquisa "Pulse of FinTech", desenvolvida pela KPMG.
"A queda acentuada de investimentos identificada até o momento é decorrente de diversos fatores, como falta de acordos de grande sucesso, incertezas geopolíticas, mudanças regulatórias na China e tensões entre este País e os Estados Unidos", afirma Oliver Cunningham, sócio-líder de Transformação Digital da KPMG no Brasil.
A pesquisa da KPMG também revelou que a América Latina foi um alvo muito atraente para os investidores em fintechs em 2018. O Brasil, especialmente, testemunhou grande aumento no financiamento de fintechs, alcançando uma alta recorde de US$ 500,1 milhões, com 31 negócios. No entanto, a Argentina concluiu agora o que deveria ter sido feito em governos anteriores.
Ainda sobre dados globais, a pesquisa da KPMG revelou que houve um declínio acentuado no investimento geral em blockchain e criptomoedas no primeiro semestre deste ano, com os investimentos caindo de US$ 5 bilhões em 586 negócios para apenas US$ 1 bilhão em 171 negócios.
O volume de investimentos em insurtechs também caiu drasticamente no primeiro semestre de 2019, conforme o financiamento de estágios iniciais afundou. O total de investimentos em insurtechs despencou de US$ 7,6 bilhões em 2018 para somente US$ 1,1 bilhão no primeiro semestre de 2019.
As empresas de private equity mantiveram o ritmo aquecido de investimentos estabelecido em 2018, impulsionado pela maturação contínua do ramo das fintechs e das oportunidades de investimento resultantes em líderes de categorias. O investimento global em private equity alcançou mais de US$ 1,9 bilhão no primeiro semestre do ano.
Outra conclusão é que a diversidade das jurisdições que atraem o financiamento significativo de fintechs continuou a crescer, incluindo grandes negócios durante o primeiro semestre de 2019 vindos da França, Argentina, Canadá, China, Alemanha e Estados Unidos. A diversidade dos locais provavelmente ajudou a manter o investimento em fintechs relativamente forte nesses casos, apesar da falta de grandes negócios nessas jurisdições.
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